A Amazônia é a maior floresta tropical do mundo, e mesmo com um imenso ecossistema, é ameaçada pelo desmatamento comandado por madeireiros, especialmente os da região, que derrubam as árvores do local.
Para evitar tal tragédia, a tecnologia veio como recurso de ajuda para as tribos indígenas que buscam lutar contra o desmatamento. Com smartphones e as técnicas de machine learning, o povo Tembé comandado pelo Chefe Naldo Tembé, conseguem localizar onde os madeireiros estão usando suas motosserras.
O projeto usa um código aberto do Google nessa tarefa, em vez de sensores ultra modernos, é utilizado smartphones antigos acoplados a vegetação da floresta. O programa é realizado em parceria com a Rainforest Connection, grupo de desenvolvedores e engenheiros.
O grupo criou um sistema de monitoramento, que usa aprendizado de máquina e dispositivos antigos com o intuito de manter os ouvidos atentos na floresta em tempo real, 24 horas por dia. A tecnologia tem como característica principal ajudar os moradores das florestas a protegerem suas terras.
Segundo o fundador e presidente da Rainforest, construir um hardware que sobreviva na floresta é desafiador, mas o projeto usa recursos que já estão no local, as árvores. Os celulares ficam escondidos nelas e em áreas ameaçadas, monitorando os sons da floresta.
O áudio é enviado para os servidores com base na nuvem pela rede telefônica local. Uma vez que já está na nuvem, as gravações são analisadas por técnicas de inteligência artificial, a TensorFlow, desenvolvida pelo Google com intuito de compreender o que foi gravado, identificando o som de motosserras ou caminhões.
A tecnologia é adaptada para monitorar e está ligada a placas solares, para que não precise ser recarregado. Além disso, os aparelhos conseguem captar sons de até 1 km de distância.
Programa Guardiões do Planeta
O próximo passo é o programa Guardiões do Planeta lançado por centenas de estudantes de Los Angeles, nos estados Unidos. Os jovens irão conversar com os moradores da comunidade Tembé pelo Google Hangouts, e irão desenvolver seus próprios dispositivos “guardiões” para intensificar o monitoramento das ações ilegais de madeireiro na Amazônia.
A intenção é que os dispositivos estejam projetados com quase 100 mil acres até o ano de 2020.