Muito se fala a respeito das vantagens e desvantagens da agricultura orgânica. Este tipo de produção que não utiliza agrotóxicos nem fertilizantes químicos vem ganhando espaço entre os consumidores, que tem em vista uma alimentação mais saudável.
Hoje em dia, nas prateleiras é possível encontrar uma grande variedade de verduras, legumes, frutas, óleos e até cervejas e vinhos orgânicos, sem adição de produtos químicos. Estudos comprovam que os alimentos orgânicos são mais saborosos e nutritivos. Apresentam em média: 63% a mais de cálcio, 73% a mais de ferro, 118% a mais de magnésio, 178% a mais de molibdênio, 91% a mais de fósforo, 125% a mais de potássio e 60% a mais de zinco.
Nesse tipo de produção, por exemplo, utilizam-se apenas sistemas naturais para combater pragas e fertilizar o solo. Um exemplo é o controle biológico, técnica que utiliza meios naturais para diminuir a população de organismos ofensivos, e o uso do húmus e estercos animais, que aumentam a fertilidade do solo. Além disso, é empregada tecnologias para análise do solo, clima e água.
Além de não prejudicar o meio ambiente, a agricultura orgânica traz como vantagens o equilíbrio microbiológico do solo, sem degradar a biodiversidade, já que utiliza a rotação de culturas, adubação verde e a compostagem, que ajudam a impedir o desaparecimento de muitas espécies.
Por outro lado, tanto o consumo quanto a oferta desses produtos em muitos locais não é tão grande por causa dos altos preços, em média de 10% a 40%, se comparados aos convencionais. O motivo dessa diferença é que estes alimentos são produzidos em menor escala, levam mais tempo para serem colhidos e necessitam de mais mão-de-obra.
Outra desvantagem consiste no fato de que agricultura orgânica necessita de uma área maior para o cultivo e muitos produtos apresentam uma qualidade inferior no que diz respeito à sua aparência, como brilho, tamanho e cor.
Mas um quesito importante é verificar se os produtos adquiridos contêm Selo SisOrg. Assim, é garantida a qualidade já que a empresa só o recebe o selo depois de aprovada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A única exceção é para a agricultura familiar, que pode vender produtos sem o Selo SisOrg, pois os revende de forma direta.