Fazer um levantamento do número das árvores que sobreviveram o impacto do desenvolvimento da área urbana de São Paulo. Esse foi o objetivo do ambientalista e botânico Ricardo Henrique Cardim, que durante 4 anos percorreu toda a região metropolitana da capital e mapeou as árvores mais antigas que resistiram a urbanização da cidade, as “Veteranas de Guerra”. Dentre os grandes arbustos catalogados estão a araucária, cedro, jequitibá, figueira, copaíba, entre outras.
A Figueira das Lágrimas é a mais antiga da cidade, com mais de 200 anos. Localizada na Estrada das Lágrimas, zonal sul, a árvore servia de ponto de despedida dos soldados que partiam rumo ao Porto de Santos no século XIX. Resistiu a construção da Estrada e da comunidade Heliópolis, uma das maiores favelas da América Latina.
A espécie Figueira Brava é nativa da Mata Atlântica e era localizada no antigo Largo da Memória, hoje atual Rua Xavier de Toledo, no centro. A árvore já foi coadjuvante das transações comerciais entre tropeiros de todo o Estado em 1922, quando se encontravam nessa área para negociar mercadorias.
Outra árvore catalogada é o Ceboleiro do Viveiro Manequinho Lopes, situada no Parque do Ibirapuera, provavelmente com mais de 80 anos. O espaço onde ela está plantada também servia para a o plantio de cebola, por isso, o nome da árvore indicava os fazendeiros sobre a fertilidade da terra em que ela se encontrava.
Já o Cambuci de Santo Amaro é detentora de frutos saborosos e perfumados que lembram o formato de um disco-voador. A árvore foi considerada símbolo da cidade por Frederico Hoelme, fundador do jardim botânico de São Paulo. Está fixada no centro histórico do bairro de Santo Amaro, em meio a uma praça recém reformada.
Para conhecer a história detalhada de cada uma delas, visite a página do projeto o qual dispõe também de um mapa verde que facilita a visualização das “Veteranas de Guerra”.
Assista ao vídeo impactante que promove o projeto: