Quem mora em regiões afastadas da floresta Amazônica, como no Sul e Sudeste do Brasil, pode ter dificuldade de compreender a gravidade do desmatamento na maior floresta tropical do mundo e um dos orgulhos brasileiros. Mesmo quem mora nos estados do Norte pode passar a vida inteira sem ter uma visão clara de quantos milhões de quilômetros de mata nativa já foram destruídos em razão da extração de madeira, mineração e outras atividades que afetam diretamente um dos ecossistemas mais incríveis e importantes do mundo.
Para entendermos melhor o estrago feito pela ação humana na região, mais precisamente no estado de Rondônia, a agência espacial norte-americana (NASA) divulgou recentemente um vídeo que acompanha o desmatamento local entre 1975 e 2012. As imagens reveladoras foram captadas pelo mais antigo programa de observação terrestre, o satélite Landsat, que está em órbita há 43 anos.
Desmatamento na floresta Amazônica
No vídeo da NASA é possível observar um padrão de desmatamento que os especialistas classificam como “espinha de peixe”. Este modelo compreende uma estrada principal e várias secundárias que trilham o caminho da devastação ambiental, sendo que as áreas destruídas avançam primeiramente pela estrada principal (mais antiga e com 50km de extensão) e na sequência pelas vias secundárias (de até quatro quilômetros na média).
Para os cientistas que estudaram as imagens do Landsat, o desmatamento na região foi menor do que o esperado, porém o impacto na biodiversidade infelizmente superou as expectativas. A “espinha de peixe” é uma das razões do problema, isso porque é um modelo que acelera a fragmentação da floresta e acaba por isolar as espécies que até então habitavam o mesmo local.
Confira o vídeo: