Caverna
Foto: institutodocarste

Muitos mistérios e riquezas estão escondidos nas cavernas e grutas, cavidades esculpidas em rochas pela natureza ao longo de milhares de anos. A espeleologia é a ciência que se dedica a estudar estes territórios e utiliza outros campos do conhecimento – como a geologia, a hidrologia, a biologia, a climatologia e até a arqueologia – para trazer à luz descobertas e informações sobre estes misteriosos recantos.

A história do homem está diretamente ligada às cavernas, já que estas eram utilizadas como abrigo por nossos ancestrais mais antigos. Desde este período, o universo subterrâneo acabou ficando mais e mais conhecido. No final do século XIX a exploração e a pesquisa das cavernas começou a ganhar o status de ciência, principalmente depois que o francês Edouard Alfred completou a exploração de uma grande área subterrânea chamada de maciço francês. Alfred fundou, em 1895, a Sociedade de Espeleologia Francesa, a primeira do mundo.

Como adentrar o mundo das cavernas, com suas galerias, iluminação quase sempre inexistente e grandes lagos, é uma tarefa muitas vezes complexa, foi necessário a criação de materiais especiais e o uso de técnicas de esportes de aventura, principalmente do montanhismo. Até hoje, para além da ciência, a espeleologia se mistura com a prática de exploração de cavernas por esportistas apaixonados por suas belezas e atmosferas.

No Brasil, a Sociedade Brasileira de Espeleologia já catalogou mais de 5 mil cavernas em todas as regiões do país e ainda acredita que existam milhares a serem catalogadas. A importância deste trabalho é não apenas explorar e desvendar os ecossistemas, materiais fósseis e históricos como também preservar as cavernas.

Caverna
Foto: 360graus

A maior caverna brasileira chama-se Toca da Boa Vista, fica no município baiano de Campo Formoso e tem 100 km de extensão. Para quem quer sentir o gostinho experimentado pelos espeleólogos, no interior de São Paulo fica o PETAR (Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira) com a maior concentração de cavernas do país. São mais de 300 e algumas, como a Santana, encantam os visitantes. A presença de guias locais é obrigatória e, por ali, todos podem sentir um pouco da magia da espeleologia.