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Um problema ambiental que se passa atualmente no mundo é os danos causados pelos gases poluentes na atmosfera. Uma forma de alguns países reduzirem numericamente as emissões dos gases que causam o efeito estufa é a negociação dos créditos de carbono. Para facilitar o entendimento sobre o assunto é simples, pois podemos considerar o crédito de carbono como um novo mercado capitalista mundial, uma nova moeda que auxiliará na redução do aquecimento global, porque é feito por meio de uma venda.

No acordo firmado pelos governantes dos países membros da ONU (Organização das Nações Unidas), quando assinaram o Protocolo de Kyoto em 1997, os países desenvolvidos são responsáveis por 80% da poluição mundial e se comprometeram a reduzir a emissão de gases do efeito estufa (GEE) entre os anos de 2002 a 2012 comparando com os níveis de emissão da década de 1990.

Foi criado pelo Protocolo de Kyoto um sistema chamado de MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo), para evitar a possibilidade de causar efeitos na economia dos países desenvolvidos, pois para alguns países desenvolvidos reduzir a emissão de gases do efeito estufa pode significar alterações profundas, colocando em riscos suas economias.

O funcionamento dos créditos de carbono é bem simples, de acordo com as regras estabelecidas pelo Protocolo de Kyoto os países desenvolvidos que atingirem as metas de redução das emissões de dióxido de carbono podem investir em projetos que diminuam as emissões em qualquer outro país e contabilizarem as emissões não realizadas em sua conta. Melhor dizer, uma empresa que não tem licenças suficientes para cobrir suas emissões de GEE devem fazer reduções ou então comprar créditos de carbono excedentes de outras empresas.

Um crédito de carbono equivale a uma tonelada de CO2 (dióxido de carbono) no qual deixou de ser produzido. O mercado de carbono tem crescido muito e se tornando um negocio lucrativo, os créditos normalmente são comprados por empresas que não conseguem reduzir a emissão de seus gases poluentes, onde permite manter ou aumentar a emissão. Agora as empresas que conseguem diminuir a emissão dos gases poluentes vendem seus créditos de carbono e lucram com esta venda. Estes créditos de carbono são considerados commodities (mercadorias negociadas com preços estabelecidos pelo mercado internacional).

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As vantagens em relação aos créditos de carbono são inúmeras ao começar pelas adequações as atuais legislações ambientais que estão cada vez as mais rigorosas junto aos produtores. E também com a possibilidade de tornar a atividade mais rentável com a venda dos créditos. A principal vantagem e mais importante é a diminuição geral da poluição.

Se o Protocolo de Kyoto for implementado com sucesso, estima-se que deva reduzir a temperatura global entre 1,4°C e 5,8°C até 2100, entretanto, isto dependerá muito das negociações pós período 2008/2012, pois há comunidades científicas que afirmam categoricamente que a meta de redução de 5,2% em relação aos níveis de 1990 é insuficiente para a diminuição do aquecimento global.