Segundo a definição do Ministério das Cidades, o saneamento ambiental, que também é conhecido como saneamento básico, envolve um conjunto de ações técnicas e socioeconômicas entendidas fundamentalmente como de saúde pública, tendo por objetivo alcançar níveis crescentes de salubridade ambiental. Tem por finalidade, ainda, promover e melhorar as condições de vida urbana e rural.
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), trata-se do “controle de todos os fatores do meio físico do homem, que exercem ou podem exercer efeitos nocivos sobre o bem-estar físico, mental e social”.
Dentre as principais atividades relacionadas ao saneamento ambiental estão coleta e tratamento de esgoto, fornecimento de água encanada, limpeza das vias públicas e coleta de lixo e ações de extrema importância na prevenção de doenças. Malária, hepatite A, febre tifoide, febre amarela, cólera e amebíase são alguns exemplos de doenças provocadas pelo contato pelo contato com o esgoto, através de parasitas presentes nos dejetos humanos.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 15 milhões de pessoas morrem todos os anos em decorrência de doenças provocadas pela falta de saneamento ambiental. Além disso, cerca de 2.584 bilhões de pessoas não contam com esse serviço em suas residências, sendo que 1.6 bilhão são de países da África e da Ásia.
De acordo com o último boletim do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, de 2011, 82% da população brasileira recebe água por meio de rede de abastecimento. Se considerada isoladamente, a população atinge o índice de 93%. Já a situação da rede de coletora de esgoto é mais grave: o serviço chega a somente 48% da população. Pior ainda é o índice de tratamento de esgoto, que atinge apenas 38% do total gerado.
O resultado de um saneamento ambiental falho é a incidência de doenças e mortes que poderiam ser evitadas com políticas públicas mais eficientes. Com o crescimento desordenado das cidades e o aumento da população, todas as questões relacionadas ao saneamento ambiental prometem desafiar ainda mais os governantes, gestores da saúde pública e ambientalistas. O que se espera é que o Brasil do futuro seja, também, o país do saneamento ambiental para todos.