Água os dois têm, mas qual a diferença entre lago a lagoa? Na realidade, a distinção técnica ainda não foi padronizada universalmente, sendo que não existem dimensões mínimas ou máximas para cada um deles. Por isso muitas pessoas podem se confundir quando veem uma extensão de água cercada por terra. Porém, o quesito básico para a distinção é o tamanho e a formação geológica.
Apesar de ser bem menor do que o lago, a lagoa é definida como acúmulos de água em espaços rasos, podendo ser natural ou feita artificialmente. Quando são naturais, esses acúmulos acontecem geralmente em locais sofridos por depressões formadas pelo tectonismo ou geleiras. Boa parte delas estão situadas nas regiões costeiras e tem ligação diretamente com o mar, e dele recebem parte da água – o que faz com que seja salobra. Já as artificiais, podem ser criadas para enfeitar jardins e praças, ou como tanques solares usados para o armazenamento de energia termal.
E não é difícil encontrar vários exemplares de lagoas famosas espalhadas pelo mundo. Só no Brasil, alguns destaques são a Lagoa Rodrigo de Freitas, localizada no Rio de Janeiro, e a Lagoa dos Patos, no estado do Rio Grande do Sul. Em Portugal, a Lagoa de Órbidos é muito importante devido ao fato de estar entre as principais lagoas que se unem com o mar.
Diferentemente das lagoas, os lagos não se formam artificialmente a não ser que algum curso de água seja propositalmente desviado para evitar enchentes ou outros acidentes geográficos. As águas dos lagos geralmente são doce, provenientes de chuvas, de um curso de água já existente, como um rio ou a partir de uma nascente natural.
A maioria dos lagos surgiu durante as glaciações do período Pleistoceno (entre 1,6 milhão e 10 mil anos atrás), quando boa parte da Terra ficava coberta de gelo. Isso explica a alta concentração de lagos no hemisfério norte, como os Grandes Lagos, na fronteira entre os Estados Unidos e o Canadá.