Embalagens foram pensadas para armazenar produtos de higiene pessoal
Quando consumimos um produto de higiene pessoal ou cosmético nunca sabemos o que fazer com a embalagem, por mais linda e durável que seja. Para se ter uma ideia, estima-se que uma única pessoa ao longo da vida use cerca de 800 frascos de shampoo, sendo a maioria descartada de forma inadequada e, por isso, podendo levar milhares de anos para se degradar.
De olho nesse cenário, a designer Mi Zhou, pós graduada pela Central Saint Martins, em Londres, resolveu criar uma embalagem, batizada de Soapack, que pode ser utilizada quando o produto interno chegar ao fim, sem deixar qualquer resíduo poluente.
Projeto inovador
As garrafas são feitas de sabão à base de óleo vegetal, e são feitas em diferentes moldes para depois serem tingidas com pigmentos minerais e vegetais. Para evitar que as garrafas se dissolvam antes que seu conteúdo seja usado, elas são revestidas por dentro e por fora com uma fina camada de cera de abelha. Desta forma, após o fim do conteúdo, as garrafas podem ser usadas como sabão, pois acabarão se dissolvendo ao entrar em contato com a água.
Além de ser uma solução ambientalmente correta para as embalagens de produtos de higiene pessoal, a Soapack também possui um design moderno, que imita vidro, capaz de dar um toque todo especial na decoração, já que as suas formas foram inspiradas em frascos de perfume antigos. Os frascos são fechados com rolhas também feitas em sabão e são desprovidos de qualquer etiqueta, exceto uma tag presa no pescoço da garrafa.
Para a criação da Soapack a designer se inspirou nas embalagens de alimentos comestíveis e aplicou a mesma lógica em seu produto.
Embalagem de algas
Um outro exemplo de embalagem alternativa ao plástico vem da designer chilena Margarita Talep. A criação ganhou o nome de Desintegra.me e é um material feito com matéria-prima extraída de algas. Assim como a embalagem de sabão, o Desintegra.me também desaparece ao ser utilizado. Com aparência muito semelhante ao plástico, a embalagem se degrada num período de 2 a 4 meses, dependendo das condições atmosféricas.
Estas embalagens também podem ser tingidas e os pigmentos são retirados de cascas de frutas, podendo-se chegar a várias cores. Apesar de todas as pesquisas que vêm sendo feitas, o material ainda está em desenvolvimento e não pode ser comercializado.