Estima-se que, em média, uma mulher descarte 400 absorventes em um ano de menstruação. Considerando que esses produtos são feitos basicamente de plástico, algodão e diversos compostos químicos, já dá pra ter uma ideia do tamanho da quantidade de resíduos que vai parar nos aterros e oceanos, poluindo mares e solos.
Felizmente, existem alternativas às opções convencionais para que, durante estes períodos, possamos conciliar conforto e consideração ao meio ambiente. Os coletores de silicone e os absorventes de pano vêm ganhando cada vez mais adeptas e, agora, chegou uma nova solução que é perfeita tanto para quem não se adaptou a eles quanto para para quem quer mais uma opção para um ciclo mais verde.
A novidade da vez
Após dois anos de desenvolvimento, a Pantys lança no mercado o primeiro absorvente interno biodegradável do Brasil. Com algodão 100% orgânico e decomposição em até seis meses, o produto também é livre de químicos e já está à venda no e-commerce da marca.
O absorvente é livre de cloro, perfume, pigmentos, preservantes e agrotóxicos, e pode ser descartado ou até enterrado na terra, sem riscos de contaminação. O Safe, como é chamado, é produzido com uma tecnologia que permite que a peça, quando descartada corretamente, passe por uma biodegradação completa, feita por microrganismos do solo.
A pegada sustentável está presente até na embalagem, que é toda feita de celulose. E todas as peças comercializadas pela marca são neutras em carbono.
O problema ambiental dos absorventes
Por aqui, os absorventes ainda não são reciclados e não têm um destino correto para o descarte, o que faz com que se acumulem nos lixões e aterros sanitários. Em contato direto com o meio ambiente, esses produtos liberam toxinas e levam cerca de 100 anos para se decomporem.
Um absorvente interno costuma ser trocado a cada 4 horas. Nessa conta, ao final de um ano, toda essa quantidade descartada representará de 4 a 5 quilos de lixo. Ou seja, durante sua vida fértil, uma única mulher pode acumular mais de 200 quilos de lixo menstrual, a maior parte feito de plástico que leva centenas de anos para se decompor. A substituição por alternativas duráveis como o coletor menstrual, calcinhas absorventes ou os absorventes reutilizáveis ou orgânicos, evitará, ao longo de toda a sua vida fértil, a emissão de 200 kg de CO2.
Para muitas mulheres, menstruar não é a sensação mais agradável do mundo. Por isso, as opções para passar por esses dias devem sempre respeitar o corpo e o estilo de vida. Mas, conhecer as alternativas disponíveis é fundamental para que essa escolha seja cada vez mais consciente. Ainda que você sinta certo estranhamento diante de algumas alternativas, é possível conciliar conforto e consciência – e as versões mais sustentáveis valem a escolha!
Fontes: Alô alô Bahia | Pantys | Projeto Escola Verde | Ricmais | Nutrify