Um relatório internacional recente revelou que as condições favoráveis para incêndios sem precedentes no Canadá e na Amazônia Ocidental aumentaram drasticamente, com probabilidades pelo menos três vezes maiores no Canadá e até 20 vezes maiores na Amazônia. Essas ocorrências têm resultado em elevadas emissões de gases de efeito estufa, devastação ambiental e perda de vidas humanas.
Análise global e regional dos incêndios
O estudo State of Wildfires, que será publicado anualmente, analisou dados de incêndios florestais em escala global, identificando eventos extremos e avaliando suas causas. Embora a área global queimada tenha sido próxima à média de anos anteriores, as emissões por incêndios no mundo ficaram 16% acima da média, totalizando 8,6 bilhões de toneladas de dióxido de carbono.
Na Amazônia Ocidental, as secas prolongadas ligadas ao El Niño foram responsáveis por 68% dos incêndios, mas ações humanas como desmatamento e agricultura também tiveram influência significativa.
Previsões e estratégias para o futuro
Os modelos climáticos utilizados no relatório sugerem um aumento na frequência e intensidade dos incêndios florestais extremos até o final do século, especialmente em cenários de altas emissões de gases de efeito estufa. Para a temporada 2024-25, prevê-se uma probabilidade continuada acima da média de clima propício a incêndios em partes da América do Norte e do Sul.
Diante desse cenário, os pesquisadores enfatizam a importância de compreender o passado e o presente para desenvolver estratégias de prevenção eficazes, considerando os impactos dos incêndios na biodiversidade, na economia e na segurança alimentar.
Com informações de: Revista Exame