Culdesac será o primeiro bairro sem carros dos EUA e deverá já estar disponível para os moradores no primeiro semestre de 2020
Nos anos de 1950, no auge da indústria automobilística, as cidades e os bairros eram projetados priorizando os carros. Agora, quase 70 anos mais tarde, assistimos um movimento inverso: cidades e bairros voltam a privilegiar espaços, onde os pedestres sejam protagonistas.
Culdesac, na cidade de Tempe, Arizona, saiu à frente neste movimento. O bairro, que conta com um investimento de U$ 140 milhões para a sua construção, é o primeiro dos Estados Unidos projetado especialmente para não receber carros.
No lugar de vias e estacionamentos, os espaços do bairro priorizam as áreas verdes, os pátios, praças e áreas compartilhadas, com o objetivo de promover a interação social. O novo bairro contará ainda com um parque para cães, mercearias, supermercados, restaurantes e academias.
O acesso dos moradores para fora do bairro poderá ser feito através de uma estação de trem, que conecta o centro de Tempe, ao aeroporto e à Universidade Estadual do Arizona. E, apesar de ser um local projetado para não receber carros, haverá uma área em Culdesac acessível para veículos especiais, como ambulância, carro de polícia, para entregas de mercadorias, caminhão de mudança etc. Também haverá uma pequena frota de veículos, bicicletas e scooters compartilhados, disponíveis como opção de transporte para os residentes quando eles quiserem ir além de onde os trens podem levá-los.
O planejamento de Culdesac contou com a ajuda dos departamentos de polícia e dos bombeiros, juntamente com especialistas em desenvolvimento urbano, para pensar em como o bairro poderia ser seguro e ao mesmo tempo acessível para todos.
Os fundadores, Ryan Johnson e Jeff Berens, dizem que há muitas pessoas interessadas neste novo estilo de vida. A maioria das unidades possui um quarto e terá um “preço competitivo” em comparação com os apartamentos dos novos prédios construídos na região.
Certamente, Culdesac é o primeiro passo para o futuro dos bairros seguros e sustentáveis. E, se a experiência for positiva, os fundadores planejam expandir a ideia para outras cidades (e quem sabe, outros países!).