Embalagem
Foto: mineapsa

Evitar o desperdício de alimentos com embalagens inteligentes, que avisam quando eles estão bons ou não para consumo parece coisa de outro mundo, não é? Principalmente no que se refere ao desperdício. O circuito localizado dentro do sensor de plástico avalia o alimento de dentro da embalagem e comunica por meio de um dispositivo móvel, que é convertido em sinal digital.

O objetivo dessa invenção desenvolvida por pesquisadores da Eindhoven University of Technology, Universitá di Catania, CEA-Liten e da fabricante STMicroelectronics, é eliminar a necessidade da impressão de data de validade na embalagem, um dos grandes motivos que leva milhões de pessoas a desperdiçarem alimento, quando ele ainda está em perfeitas condições de ser consumido.

Segundo um estudo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), cerca de 1,3 bilhão de toneladas de comida são perdidas ou desperdiçadas. Com embalagens inteligentes esse número tende a diminuir bastante.

Um dos bons motivos para que as empresas comecem a dar prioridade para esse tipo de embalagem refere-se também ao preço. Os sensores são produzidos com materiais de baixíssimo custo. O impacto do desperdício de comida vai além do viés financeiro, relaciona-se com o meio ambiente e o uso em vão de produtos químicos, fertilizantes, pesticidas, transporte, etc. Além disso, quando impróprias para consumo, provocam maior emissão de metano – um dos gases de efeito estufa.

Embalagem
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As embalagens inteligentes são uma excelente solução para combater o desperdício que, no Brasil, gira em torno de 40% das frutas e hortaliças, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). O principal motivo é o uso de embalagens inadequadas, que causam danos e não preservam a integridade dos alimentos.

Para o acondicionamento de frutas e hortaliças o Instituto Nacional de Tecnologia (INT) criou uma bandeja reciclável de plástico e uma base articulada e retornável. As geometrias das bandejas são diferentes, devido ao escaneamento em 3D com câmeras especiais que determinam a melhor condição de armazenamento para diferentes tipos de frutas, tais como caqui, manga, morango e mamão – que são altamente perecíveis e difíceis de serem acondicionadas.