A tecnologia de computadores, tablets e iPads poderiam ter contribuído para a diminuição do consumo de papel no mundo segundo previsão de alguns cientistas sociais, mas a maioria das pessoas ainda preferem ler conteúdos impressos, ter contato com livros, revistas e etc. Em 2010, o Brasil figurou como o 10º maior produtor de papel do mundo. No ano seguinte produziu cerca de 10 milhões de toneladas do material, desde total quase 100% foi consumido pelos brasileiros. Felizmente, no mesmo ano, 45,5% do papel consumido foi encaminhado à reciclagem.
Apesar da porcentagem acima ser animadora, as indústrias papeleiras ainda não recebem a quantidade de aparas de papel suficiente das cooperativas para poder produzir embalagens e outros produtos de papel reciclado em grande escala, o que encarece o valor do produto final. Na Europa, por exemplo, o papel reciclado – produzido em escala industrial – custa menos que o papel virgem, mas isso devido à eficiência da coleta seletiva.
No Brasil, segundo pesquisa da Ciclosoft realizada no ano passado, apenas 766 municípios têm sistema de coleta seletiva, sendo que a maioria está concentrada nas regiões Sul (34%) e Sudeste (52%) do país, beneficiando apenas 14% da população brasileira, cerca de 27 milhões de pessoas.
Esses dados são alarmantes levando-se em conta que o Brasil é um dos maiores produtores de papel no mundo, o que causa um grande impacto no meio ambiente. Para mudar este cenário é preciso entender a importância da reciclagem do papel e os benefícios que ela traz para o planeta:
• Poderíamos evitar o corte de 20 a 30 árvores adultas na reciclagem de uma tonelada de papel;
• A produção de papel reciclado pode economizar até 80% de energia se comparada à produção do papel virgem;
• Na produção de cada tonelada de papel novo são gastos 100 mil litros de água. No caso da fabricação de papel reciclado este valor cai para 2 mil de litros por tonelada;
• A população também é beneficiada com a reciclagem de papel, já que são gerados cinco vezes mais empregos do que na produção de papel virgem e dez vezes mais do que na coleta e destinação final do lixo.
Comece a fazer a sua parte agora, através do consumo consciente e da destinação do papel para a reciclagem, mas fique atento, pois nem todos os tipos deste material são recicláveis:
Papéis recicláveis – papelão, jornal, revistas, papel de fax, papel cartão, envelopes, fotocópias, e impressões em geral;
Papéis NÃO recicláveis – papel higiênico, papel toalha, fotografias, papel carbono, etiquetas e adesivos.