O Brasil bateu um novo recorde com 98,7% de reaproveitamento de latas de alumínio em 2021 e manteve sua liderança mundial em reciclagem.
Para se ter uma ideia, das 33,4 bilhões de latas de alumínio vendidas no país no ano passado, 33 bilhões de unidades foram recicladas.
O resultado foi divulgado no relatório anual de desempenho da Recicla Latas, que foi entregue ao Ministério do Meio Ambiente no dia 31 de março.
De acordo com a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), esse é o maior índice da história da reciclagem brasileira e representa um crescimento expressivo de 1,4% em relação aos dados de 2020, quando o reaproveitamento ficou em 97%.
Vale destacar que o índice brasileiro supera os 95% estabelecidos como patamar mínimo determinado no Termo de Compromisso de Latas, compromisso assumido em 2020 pela indústria com o Ministério do Meio Ambiente.
Campeão mundial em reciclagem de alumínio
O Brasil é campeão mundial em reciclagem de alumínio graças a um sistema de logística reversa sólido e estruturado que conta com 36 centros de coleta de sucata distribuídos por 18 estados.
Atrás do Brasil ficam Japão e Estados Unidos, que ainda não divulgaram os dados de 2021. Ainda assim, no ano anterior, atingiram 94% e 59.7% respectivamente.
“Há mais de dez anos, o índice de reciclagem de latas de alumínio se encontra em patamares superiores a 96%. O Brasil é referência no setor para o mundo, graças aos esforços e investimentos da indústria do alumínio na modernização do setor e na ampliação dos centros de coleta e reciclagem”, afirmou Janaina Donas, presidente-executiva da Abal.
Consumo de latas aumenta pelo quinto ano consecutivo
Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas), o consumo de bebidas em lata aumentou 5,2% em 2021. Esse foi o quinto ano consecutivo de expansão do setor.
Especialistas explicam que o aumento é motivado principalmente pelas mudanças de comportamento de consumo durante a pandemia, período em que houve crescimento do mercado de cervejas nas plataformas de delivery. Além disso, outras bebidas – como água, vinho, cachaça… – passaram a adotar embalagens em lata, alavancando ainda mais o setor.
Vale ressaltar que, nos ferros-velhos, as latinhas também passaram a ser mais valorizadas por catadores de materiais recicláveis que as revendem para empresas. Isso ocorreu graças à valorização do quilo das latinhas, que passou de R$5 para até R$8, incentivando ainda mais o reaproveitamento.
“Mesmo com as dificuldades impostas pela pandemia, a cadeia de reciclagem de latas de alumínio continuou operando com eficiência costumeira, entregando um resultado que gera valor ambiental, econômico e social”, comemorou Janaina Donas, presidente-executiva da ABAL.
Nesse sentido, que o recorde do Brasil em reciclagem de latas de alumínio sirva de inspiração para que o país avance ainda mais em outras pautas sustentáveis.
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Fontes: G1 | Recicla Sampa | Nova Manhã