Estima-se que, em todo o mundo, o número de pessoas que fumam cresceu 34% nos últimos 32 anos e se aproxima do primeiro bilhão. Com isso, o número de bitucas de cigarro aumentou consideravelmente nas ruas e nos lixos.
Para reduzir os impactos causados pelo resíduo e aproveitá-lo da melhor maneira possível, cientistas da Coreia do Sul encontraram uma maneira simples de usar os filtros das bitucas de cigarro como material de alta performance que funciona melhor do que o grafeno ou os nanotubos de carbono na construção de supercapacitores.
Substitutos de alta tecnologia para as baterias, os supercapacitores são dispositivos capazes de armazenar energia usando cargas elétricas em vez das reações químicas, o que permite que eles carreguem e descarreguem muito mais rápido do que as baterias.
Apesar de vantajoso, o sistema tecnológico é gigantesco e muito caro. Para otimizar, diminuir e baratear os supercapacitores, os cientistas viram nos filtros de cigarro uma fonte de matéria para estes equipamentos.
Como funciona?
O material usado para fabricar os filtros é uma fibra sintética chamada acetato de celulose. Quando essa fibra é aquecida junto com nitrogênio, ela se transforma num material baseado em carbono e repleto de poros, que contribuem para aumentar a superfície de contato do material.
Quando a equipe testou o material para verificar como era a sua performance no carregamento e descarregamento de elétrons, foi descoberto que ele funciona melhor do que os materiais disponíveis no mercado — como o grafeno e os nanotubos de carbono.