Representados pela sigla COVs, os compostos orgânicos voláteis são constituídos por no mínimo um átomo de carbono, um de hidrogênio e baixo ponto de ebulição. Podem ser encontrados em diversos tipos de produtos e apresentam sérios riscos à saúde humana, principalmente se a exposição for por um longo período de tempo e em concentrações elevadas.
Aditivos de pintura, destilados do petróleo, alguns pesticidas, vernizes, solventes de tintas, álcoois, cetonas, revestimentos como carpetes e papéis de parede, produtos industriais e de limpeza seca são alguns dos exemplos que contêm COVs na composição. A exposição ao formaldeído, por exemplo, presente em desinfetantes antissépticos, pode provocar vertigens, náuseas, redução da força física, irritação nos olhos, nariz e garganta, dentre outros sintomas.
Quando lançados na atmosfera, os COVs contribuem para a formação da camada de “Smog” (poluição) fotoquímico, que é uma mistura de hidrocarbonetos oxidados e outros compostos que se agravam com as radiações ultravioletas na superfície terrestre e formam uma espécie de névoa na atmosfera. Locais fechados ou abafados favorecem a concentração desses compostos.
Boa parte da emissão de smog é oriunda da queima de combustíveis fósseis (querosene, gasolina, diesel, etc.) e do uso de produtos para pinturas e solventes. Para se ter ideia, a tinta imobiliária representa 80% do volume de tintas produzidas no Brasil, conforme dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas – Abrafati.
Benzeno, tolueno e xilenos têm grande potencial tóxico e podem provocar câncer. O benzeno é utilizado na gasolina, por exemplo, para melhorar a sua qualidade e também está presente na fumaça do cigarro. Não existe uma lei específica para a proibição do uso de COVs no Brasil, eles são autorregulados pela Abrafati. A dosagem máxima utilizada é com base na Legislação da União Europeia.