Separar o lixo por categoria, facilitando o recolhimento e incentivando a reciclagem de materiais. Este é o objetivo da coleta seletiva, serviço importante para o equilíbrio ambiental, principalmente nas grandes cidades, onde o acúmulo de lixo residencial é maior. Lembrando que, além do resíduo produzido nas residências, existem também os materiais descartados provenientes da construção civil e hospitais, que precisam ter destino final correto.
A coleta seletiva separa os materiais em recipientes divididos por cores, cada uma para um tipo de material. Por exemplo, o papel fica no recipiente azul, o plástico no vermelho, o vidro no verde e o metal no amarelo, facilitando o processo de reciclagem.
Atualmente, a coleta seletiva no Brasil só existe em 443 cidades, o que representa um total de apenas 8%, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente. O número ainda é baixo, levando em conta que 22 milhões de brasileiros têm acesso a programas municipais do gênero.
Na maioria dos casos, ela é feita por associações ou cooperativas de catadores, que encontram em alguns municípios suporte para depositar o material. Em Praia Grande, no litoral de São Paulo, a prefeitura criou o chamado Ecoponto, onde catadores e munícipes podem depositar o material reciclável, evitando assim que a coleta não seja feita de modo correto pela empresa responsável pelo lixo na cidade.
O custo da coleta seletiva é relativamente alto se comparado com o da coleta convencional, gasta-se R$ 376 para realizar o recolhimento de produtos recicláveis, contra R$ 85 na coleta tradicional.
O Ministério do Meio Ambiente possui um programa federal para incentivar a coleta seletiva e reforçar a mudança de comportamento para que os benefícios da atividade sejam destacados. “Separe o lixo e acerte na lata” tem como objetivo divulgar soluções e difundir o sistema de logística reversa, que consiste em responsabilizar o fabricante pelo recolhimento de embalagens descartadas produzidas pela empresa, criando um sistema para coletar e reciclar o produto.
Os materiais recicláveis mais coletados são: papel e papelão, plástico, vidro, metal e alumínio, que podem produzir – após a reciclagem –, centenas de produtos, gerando economia e beneficiando o meio ambiente.
A PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), regulamentada pelo Governo Federal, define que, até 2014, os municípios deverão criar leis municipais para coleta seletiva, livrando a população dos lixões a céu aberto, ainda comuns em algumas cidades do país.