De acordo com um estudo publicado pela Universidade das Nações Unidas (UNU), no último domingo, dia 15 de dezembro, cerca de 49 milhões de toneladas métricas de lixo eletrônico foram produzidas mundialmente em 2012. Além disso, segundo a pesquisa, a tendência é de que o cenário piore, pois, até 2017, este índice tem possibilidade de aumentar em até 33%.
Ao todo, o levantamento desenvolvido pela iniciativa Step, uma parceria entre a Organização das Nações Unidas (ONU), empresas, governos e ONGs, contabiliza a média de 7 kg de resíduos deste tipo para cada habitante da Terra. Conforme a publicação, o Brasil foi responsável pela produção de 2 milhões de toneladas de equipamentos eletrônicos e elétricos (EEE) e gerou algo em torno de 1,4 milhão de toneladas de lixo, mantendo a média per capita do planeta.
Ainda na América Latina, segundo primeiro mapa global de lixo eletrônico, o México é responsável pela produção 1,5 milhão de toneladas de EEE e 1 milhão de toneladas de resíduos eletrônicos, isto é, algo em torno de 9 kg por habitante. Já as superpotências, China e Estados Unidos, com fabricações de 11,1 e 10 milhões de produtos eletrônicos, respectivamente, e 7,3 e 9,4 toneladas de detritos, lideram a lista dos países que mais geram esse tipo de poluição.
Para evidenciar a gravidade da situação, o estudo mostra que, em território estadunidense, foram gerados 29, 8 kg de lixo eletrônicos por pessoa. É importante salientar que, de acordo com um estudo do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT) em parceria com o Centro Nacional de Reciclagem de Eletrônicas dos Estados Unidos, os norte-americanos ainda registram exportações de aparelhos elétricos para nações como México, Venezuela e Paraguai.
“Mesmo existindo muita informação sobre os impactos negativos ao meio ambiente e à saúde dos primitivos métodos de reciclagem de lixo eletrônico, a falta de dados globais dificulta entender a magnitude real do problema”, diz Ruediger Kuehr, secretário-executivo da iniciativa Step e membro da Universidade das Nações Unidas. As preocupações de Ruediger Kuehr são válidas, afinal, de acordo com o estudo, o volume de lixo eletrônico, em 2017, atingirá a marca de 65,4 milhões de toneladas, isto é, algo equivalente a 200 edifícios como o Empire State, de Nova York (EUA).