Considerada uma das principais vilãs do meio ambiente, a indústria automobilística tem participação direta em vários problemas relacionados à natureza, principalmente quando pensamos na poluição gerada por milhões de automóveis que trafegam por ruas, avenidas e estradas de todo o mundo.
De fato, a culpa também deve ser dividida entre a indústria do petróleo e outros combustíveis fósseis, porém, somente no final do século XX e começo do século XXI, as montadoras começaram a direcionar mais esforços e investimentos no desenvolvimento de motores elétricos, híbridos e outras tecnologias que não poluam o meio ambiente.
Todavia, algumas mudanças já podem ser percebidas. A Ford, uma das principais montadoras do mundo, divulgou recentemente que o modelo Ford Focus conta com quase quatro quilos de garrafas PET utilizados na fabricação dos carpetes e de outros componentes. Para chegar em tais resultados, a Ford possui um setor de Reciclabilidade e Engenharia de Materiais que trabalha de forma interligada com todas as unidades ao redor do mundo, justamente na busca de soluções ecologicamente corretas que possam ser inseridas nos componentes dos veículos.
Mais carros sustentáveis no futuro
Segundo a própria montadora, a estratégia para os próximos anos é produzir carros 85% recicláveis e que sejam também 95% renováveis, isso em uma escala global. “Quem vê um EcoSport não imagina que ele carrega cerca de 70 garrafas PET de 2 litros, todos os dias, independentemente de seu motorista ou destino”, afirma o supervisor de desenvolvimento de produto, Ricardo Travassos, em release oficial.
No caso dos carpetes utilizados nos veículos, por exemplo, são componentes 100% fabricados com garrafas PET recicladas. Além disso, o EcoSport também chega ao mercado com 1kg de fibras têxteis reutilizadas, como calças jeans e camisetas, para isolamento acústico. Atualmente a marca segue investindo em pesquisas para aplicação de componentes sustentáveis na carroceria e interior do veículo, assim como também no motor e embreagem.
A Ford espera nos próximos anos eliminar a utilização de materiais que agridam o meio ambiente durante a vida útil do veículo, da produção ao descarte, sem perder em qualidade e segurança.