No último mês de março, as cidades brasileiras escaladas para realizar os jogos da Copa do Mundo 2014 se reuniram em Brasília para trocar experiências sobre a gestão dos resíduos efetuada no evento anterior (Copa das Confederações 2013) e apresentaram outras soluções para o evento que começa em junho.
Promovido pelo Ministério do Meio Ambiente, o evento possibilitou aos municípios participantes a oportunidade de conhecer os acertos, resultados e desafios vivenciados no ano passado, além de viabilizar a exposição dos métodos de cada governo municipal, estadual e federal.
Segundo Ney Maranhão, secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, o ministério investiu na elaboração desse modelo, pois envolve a forte presença da classe dos recicladores do país.
Para Daniela Metello, coordenadora do comitê interministerial para a inclusão social e econômica dos catadores de materiais recicláveis da Presidência da República (CIISC), a estratégia do governo traz bons resultados para a classe dos trabalhadores e mostra que estão empenhados em incluí-los no evento.
Os governos municipais das cidades-sedes apresentaram seus respectivos Planos Operacionais de Limpeza e Coleta executados na Copa das Confederações e a administração de Belo Horizonte, por exemplo, mostrou um projeto de gestão integrada de resíduos para a Copa de 2014, baseado em três pilares: coleta seletiva, cidade limpa e tolerância zero para o lixo.
Uma das tarefas consiste na fiscalização e monitoramento dos serviços de limpeza a serem efetuados. As equipes de coleta seletiva percorrem a cidade, identificando pontos que necessitam de intervenção. Então fotografam o local por smartphone ou tablet e depois acionam a central de serviços, a qual encaminha funcionários para solucionar a questão.
Outra iniciativa apresentada foi a parceria do governo do Distrito Federal com a Central de Cooperativas de Materiais Recicláveis do Distrito Federal (CENTCOOP-DF). Durante a Copa das Confederações, os catadores e estudantes foram treinados para conscientizar os torcedores sobre o local correto de descarte do lixo.
Em Recife, no mesmo período, foram instaladas 750 prateleiras para a separação dos resíduos. Em Salvador, também houve reforço na coleta seletiva, com a implantação de estações de coleta solidária.
Neste evento, cada cidade apresentou seus projetos de Coleta Seletiva Solidária, programa do governo federal destinado a inclusão social e econômica dos recicladores no panorama da gestão de resíduos sólidos no Brasil.