Os resíduos de serviços de saúde (RSS) são os chamados lixos ou resíduos hospitalares, originados em hospitais, laboratórios e outras instituições. Esses objetos podem ser sólidos, semissólidos ou líquidos e não pode ser simplesmente descartado com o lixo comum, há necessidade de um processo diferenciado, já que podem causar riscos à saúde e ao meio ambiente.
É importante destacar que os RSS são gerados por um número grande de instituições, como serviços de assistência médica, veterinários, necrotérios, funerários, instituições de pesquisa médica, unidades móveis de atendimento à saúde, serviços de acupuntura, estúdios de tatuagem e outros, sendo assim, devido ao elevado número de instituições há necessidade de um processo correto de descarte destes materiais.
Dados estatísticos do Ministério do Meio Ambiente indicam que o Brasil produz aproximadamente de 625 a 1.250 toneladas de lixo hospitalar por dia. Do total recolhido, cerca de 87% são lançados a céu aberto ou em aterros feitos sem controle sanitário.
Quanto à sua classificação, são divididos em cinco grupos: Grupo A (Resíduos Potencialmente infectantes), Grupo B (Resíduos Químicos), Grupo C (Resíduos Radioativos), Grupo D (Resíduos Comuns), Grupo E (Resíduos Perfurocortantes).
A melhor maneira para o tratamento o lixo hospitalar é o gerenciamento, que tem como objetivo minimizar sua produção e direcioná-lo para um encaminhamento seguro, com proteção aos profissionais dos hospitais, à saúde das pessoas e ao meio ambiente. Para isso, o gerenciamento dos RSS possui duas etapas: a interna, que resume no processo dentro da instituição que gerou o lixo e o externo, fora desta instituição.
A separação correta do lixo em hospitais, laboratórios e outros ambientes, pode reduzir os resíduos e assim diminuir os custos do tratamento. Muitos estabelecimentos de saúde ainda não possuem tratamentos para o gerenciamento correto destes detritos que, para ser feito da maneira correta, necessita de protocolos, sistemas e processos para o descarte, desde o momento de sua geração até a hora que deixará a instituição. Este plano deve estar de acordo com as exigências locais, estaduais e federais.
Cada material deve ser coletado de acordo com a sua classificação, como já citado, de modo que reduza os riscos para quem o manuseia. Os líquidos residuais, por exemplo, devem estar em sacolas plásticas de grande espessura, que são identificadas com um rótulo personalizado. Já os perfurocortantes devem estar em caixas ou receptáculos especialmente projetados.
Para evitar a transmissão de infecções, as áreas de armazenamento de lixo hospitalar devem ser separadas daquelas onde os materiais limpos são estocados, devem conter sinalização específica, de acordo com o material, e devem ter acesso limitado.
Alguns hospitais contratam empresas de descarte de lixo hospitalar, outros fazem parte do processo internamente. É importante salientar que este lixo terá diferentes destinos como: o aterro sanitário, que pode receber apenas alguns dos produtos hospitalares. No caso de alguns líquidos há possibilidade de serem descartados no esgoto, de acordo com a legislação regional. A incineração é também muito comum para determinados produtos. Ainda há opções diferenciadas como: tecnologias que usam laser que derrete o lixo e até opções de pulverização do lixo.