O clima de Olimpíada no Rio de Janeiro mal chegou ao fim, afinal de contas, logo mais começam as Paralimpíadas, e os japoneses têm dado sinais da grande celebração que acontecerá em Tóquio em 2020.
Seguindo com o foco sustentável fortemente destacado no Brasil, uma ideia tem ganhado força e vem sendo trabalhada pelo Comitê Organizador Olímpico do Japão. De acordo com os membros do Comitê, um projeto está explorando a viabilidade de confeccionar as medalhas das competições usando metais preciosos recuperados de lixo eletrônico, substituindo os metais tradicionalmente obtidos através da mineração.
Inspirados na rigorosa lista de critérios elaborada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), os japoneses encontraram na reciclagem de matérias eletrônicos a oportunidade perfeita para promover um novo processo de fabricação das medalhas olímpicas. O fato de o país não contar com os seus próprios recursos minerais contribuiu ainda mais para a formalização da proposta.
A iniciativa tem como referência o ouro usado no Rio de Janeiro, quando o material foi extraído sem o uso de mercúrio e um terço da prata e bronze foram produzidos de fontes recicladas. Para criação dos novos modelos, eletrodomésticos como geladeiras e ar-condicionado e aparelhos como smartphones e tablets, por exemplo, poderão servir como fonte de matéria-prima para extração dos metais.
Desta forma, países emergentes e vizinhos ao território japonês (China, Índia e Indonésia), poderão contribuir com toda mão de obra necessária para o projeto. Além disso, é importante ressaltar que os japoneses são responsáveis por uma das maiores taxas de reciclagem do continente asiático – ainda que o plástico, o papel e o vidro sejam os principais materiais processados.
Os próximos passos do projeto se concentram agora na definição de um design para as medalhas, além da definição do peso e quantidade de metais, para calcular os investimentos necessários para a reprodução dos modelos.