O papel ondulado, normalmente chamado de papelão, é usado basicamente em caixas de embalagens para transporte de produtos para fábricas, depósitos, escritórios e residências.
O papelão ondulado é produzido em sua menor parte através de fibras virgens de celulose, que por sua vez são obtidas em fontes 100% renováveis de florestas de eucalipto e pinus, todas adequadamente manejadas, mas estima-se que atualmente mais de 70% do papelão produzido no Brasil é proveniente de material reciclado, um dos materiais que mais se recicla no país é o papel ondulado.
A taxa de reciclagem do papelão no Brasil representa forte contribuição da indústria brasileira de papel ondulado ao meio ambiente, pois a maior parte da matéria-prima utilizada tem origem em processos de reciclagem de embalagens e acessórios de papelão descartados e recolhidos por empresas especializadas no seu aproveitamento. O papelão ondulado é de fácil coleta em grandes volumes comerciais.
O processo de reciclagem é bem simples: as indústrias papeleiras recebem os materiais das cooperativas, após o recebimento este material é desagregado no hidrapulper, uma espécie de liquidificador gigante que separa as fibras, transformando-as em uma mistura homogênea. Em seguida, por meio de peneiras, retiram-se as impurezas, como fitas adesivas e metais. No caso do papel ondulado, ao contrário do papel de escritório, não é preciso aplicar técnicas de limpeza fina, retirada de tintas, branqueamento do material e lavagens especiais.
Com as fibras de melhor qualidade faz-se a capa de papel que é colocada na superfície externa da caixa de papelão. As de qualidade inferior são usadas na fabricação do forro, que reveste a parte interior. E as de pior qualidade servem para produzir o miolo ondulado.
No final de tudo as embalagens são 100% recicláveis e biodegradáveis, causam baixo impacto ambiental em todos os estágios de seu ciclo de vida, que constitui uma cadeia praticamente fechada na qual a embalagem usada é reciclada e novamente utilizada na fabricação de novas embalagens.