A durabilidade do material, aliada a resistência à umidade e aos produtos químicos, faz com que o material tenha uma decomposição mais demorada. Segundo pesquisadores da UNIFESP, o tempo de decomposição da garrafa PET é de no mínimo cem anos. Esse tempo, no entanto, é uma previsão média e pode variar de acordo com as condições ambientais.
Por ser um material recente – começou a ser produzido na década de 1970 e chegou ao Brasil apenas em 1988 -, pesquisadores afirmam que ainda não é possível determinar exatamente o grau e o tempo de degradação.
Normalmente as garrafas são descartadas de maneira errada, jogadas nas ruas, nos rios, nos córregos e em aterros sanitários, entupindo bueiros e contribuindo para a poluição e para a degradação do solo.
O aumento da preocupação com o meio ambiente e o tempo de decomposição da garrafa PET e de outros materiais impulsionaram o mercado de reciclagem e movimentaram a indústria. A atividade gera lucros e empregos, principalmente, para catadores de lixo que atuam em cooperativas na separação de materiais para reutilização.
Reciclagem
Desenvolvida por dois químicos britânicos, em 1941, a garrafa é um polímero termoplástico, que possui em sua fórmula ácido tereftálico e etileno glicol. As propriedades termoplásticas da embalagem PET permitem o reprocessamento do material para a reutilização. Quando aquecida em temperaturas adequadas, as partículas de plástico do material amolecem e se fundem, permitindo uma nova moldagem.
A reciclagem com garrafa PET já é conhecida, e normalmente, realizada por artesãos e por empresas que reutilizam o material para fazer peças de jeans, camisas, vassouras, almofadas e outros produtos.
O Censo da Reciclagem de PET no Brasil, realizado pela Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet), revelou que cerca de 294 mil toneladas de embalagens PET são destinadas à reciclagem, ou seja, 57,1% do total.
A reciclagem de garrafa PET ultrapassa os campos da preservação ambiental e movimenta, também, a economia do país. Com um faturamento anual de R$ 1,2 bilhão para o setor da indústria no Brasil.
Os números impressionam, mas, ainda assim, não é possível reaproveitar todas as embalagens produzidas. Um dos principais problemas é a coleta do material, já que a coleta seletiva não atinge todas as cidades brasileiras.