Implementada em vários lugares do mundo, a responsabilidade pós-consumo coloca a responsabilidade pelo descarte adequado de produtos aos fabricantes ou importadores. Depois que o cliente fizer uso do material a própria indústria fabricante assume o planejamento e os custos de seu recolhimento.
Este tipo de ação está ligado ao conceito de política reversa, na qual o objetivo principal é que materiais nocivos ao meio ambiente não sejam encaminhados a locais sem o devido tratamento, servindo de matéria-prima para reciclagens. Em diversos países esta prática já é lei, como no Japão, onde produtos eletrônicos usados seguem para o centro de reutilização, prevenindo o descarte no lixo comum.
Apesar de gerar custos operacionais elevados às empresas, a responsabilidade pós-consumo libera o repasse destes custos para o produto novo. Deste modo, o consumidor paga pelo material e pelo futuro descarte adequado.
Os principais objetivos da iniciativa são: a reciclagem, recuperação ou eliminação de materiais de maneira ecologicamente correta; a sensibilização do consumidor, fazendo com que participe de políticas voltadas para a seleção de resíduos sólidos e seu descarte de maneira ambiental; o incentivo aos fabricantes, importadores e revendedores referente à reciclagem.
A expansão da responsabilidade pós-consumo se deve muito a dificuldade que governos de todo o mundo estão tendo em relação ao gerenciamento de resíduos. As consequências do descarte incorreto levam a vários problemas ambientais e urbanos, como a poluição hídrica e do solo, a proliferação de vetores de doenças, além da emissão de gases tóxicos.
No Brasil a situação é muito desfavorável. Diariamente são produzidos 240 mil toneladas de lixo, apesar de 45% dos resíduos sólidos serem recicláveis, apenas 2% é destinado a instalações de reutilização e reciclagem.