O antigo Lixão de Gramacho, no município de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, foi transformado no primeiro polo de reciclagem do Brasil. No local, cerca de 140 catadores de lixo poderão usar a primeira parte do galpão, inaugurado em novembro, com serviços de recebimento, triagem e estocagem de resíduos sólidos para a venda. O objetivo do projeto é reunir 400 ex-catadores, promovendo a inclusão sócio produtiva a fim de qualificá-los com técnicas específicas da coleta seletiva.
Ao término dessa fase, prevista para o final de 2013, a Secretaria Estadual do Ambiente vai viabilizar os projetos executivos do polo aos parceiros financiadores. A descrição desse planejamento vai conter os respectivos custos previstos, que indicarão a construção de mais seis galpões.
Dessa forma, o espaço onde funcionava o lixão terá, no total, oito espaços com maquinário, duas unidades de processamento de resíduos, além de um centro administrativo para cursos de qualificação profissional e uma creche para atender as crianças.
De acordo com o Secretário do Meio Ambiente, Carlos Minc, em entrevista ao portal EBC Brasil, “a intenção do governo é ampliar a iniciativa de reciclagem” e para isso a prefeitura local terá que contar com o apoio das empresas.
O Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho, criado em 1976, às margens da Baia de Guanabara, em Duque de Caxias, já foi o maior lixão a céu aberto da América Latina e recebia aproximadamente 11 mil toneladas de resíduos por dia vindos do município do Rio.
A atividade de coleta seletiva no local já gerenciou mais de 200 toneladas diárias de materiais recicláveis e reaproveitáveis e movimenta no seu entorno uma economia que fornece subsídios a mais de 15 mil pessoas.
Com o fechamento do aterro, em 2012, os catadores de lixo reunidos em cooperativas e em associações assumiram o compromisso de permanecer na atividade e propuseram ao governo federal e estadual a criação das mesmas estruturas desse polo.
O polo de reciclagem possui parceria com a Petrobras, Banco do Brasil, Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social e conta com investimento de R$ 12 milhões. Os resíduos sólidos que serão geridos no polo vem da Refinaria de Duque de Caxias (Reduc) para que os catadores possam desenvolver os trabalhos iniciais.