Fonte: Flickr / Bruna Richard Um dos componentes desse processo, o ftalato, se não for corretamente tratado, é altamente poluente.

O papel reciclado já é muito utilizado na vida cotidiana, sendo comum encontrá-lo em cadernos, envelopes, papel para impressão, caixas de papelão ou mesmo bandejas para frutas. Porém, o processo de fabricação do papel reciclado traz vantagens e desvantagens para o meio ambiente.

O principal benefício é o aumento do tempo de vida e maximização do valor extraído das matérias-primas, uma vez que a vida útil do papel dura de quatro a sete reciclagens.

Outra vantagem está no fato de diminuir os resíduos depositados em aterros, além da economia de 1,37 MWh a 3,51 MWh de energia por tonelada de papel produzido. Também estima-se que, ao reciclar papéis, sejam criados cinco vezes mais empregos do que na produção do papel de celulose virgem e dez vezes mais empregos do que na coleta e destinação final de lixo.

Porém, a cada nova reciclagem, o papel perde qualidade e ganha novas funções. No seu primeiro estágio (papel virgem), ele pode, por exemplo, ser sulfite. Depois, reciclado, pode até voltar a sê-lo, mas, para isso, precisa receber certa quantidade de papel virgem (em torno de 70%). Na reciclagem seguinte, pode se tornar embalagem de mercadorias. Em outra reciclagem, já se torna caixa de papelão. E, no último estágio, vira “miolo” de caixa de papelão.

E embora não destrua florestas, como na produção do papel de celulose virgem, o papel reciclado gera impacto. Um exemplo é o branqueamento do material que consome produtos químicos muito tóxicos. Um dos componentes desse processo, o ftalato, aditivo usado para dar plasticidade à tinta, se não for corretamente tratado, é altamente poluente.