Nos últimos séculos de existência do planeta, o homem intensificou o processo de exploração e consumo de recursos naturais, a fim de, a cada dia, avançar etapas em seu próprio desenvolvimento. Durante muito tempo, inclusive, o meio ambiente foi usado como um mero produto de fonte incessante no qual muitas instituições, empresários e caçadores (estes, até hoje) se aproveitaram para gerar ou aumentar o lucro nos negócios.
Em resposta, a natureza tem ‘revidado’ a intervenção humana, apresentando ao mundo maneiras de acelerar sua autodestruição – e, consequentemente, a vida das pessoas. O surgimento de fenômenos naturais desconhecidos dos estudiosos e a pressão pela criação de novos acordos ecológicos foram só alguns dos movimentos da mãe natureza como forma de se manifestar diante de toda essa situação.
De algumas décadas para cá, importantes pensadores têm se pronunciado com o objetivo de tornar sustentável o contato entre homem e planeta. Ainda que pequenas para reparar o estrago gerado até aqui, algumas atitudes têm contribuído para transformar o jeito como as pessoas olham para as grandes questões ambientais.
Uma destas ações veio de Ernst Göstch, um agricultor e pesquisador suíço que chegou ao Brasil no começo dos anos 80, e foi o responsável por revolucionar a maneira como o reflorestamento é praticado.
Adaptado à vida em uma fazenda na zona cacaueira do sul da Bahia, Göstch desenvolveu a chamada “sintropia” ou “agricultura sintrópica”, procedimento que consiste na criação de sistemas e ambientes agrícolas inspirados em florestas, com o objetivo de produzir alimentos ao mesmo tempo em que restaura a natureza. Em poucas palavras, usando o meio ambiente para recuperá-lo a si mesmo.
Técnica criado pelo suíço possui três décadas
A agrofloresta, sistema que estuda e relaciona a produção agrícola com as culturas florestais, reúne algumas das principais ferramentas para recomposição natural de terrenos. Através da técnica criada pelo pesquisador, que soma mais de 30 anos em atividades, já foi possível recuperar cerca de 480 hectares de terras devastadas.
Com os avanços de seus estudos, o agricultor observou que, além da colheita de diversos frutos, sua fazenda acabou desenvolvendo uma espécie de microclima, restaurando 14 nascentes de água e repopulando a fauna no local. Desta forma, decidiu criar o Projeto Agenda Göstch, com o objetivo de promover o conhecimento da técnica para jornalistas que visitam sua fazendo para registrar mais informações sobre suas atividades.
No vídeo “Vida em Sintropia” – exibido durante a COP21, em Paris – o suíço explica o novo conceito, transmitido na apresentação de entrevistas inéditas com especialistas no assunto, que falam sobre a importância do novo modelo agrícola. Também no documentário os aprendizes de Göstch reforçam a essência da agricultura sintrópica e sua importância para o futuro das florestas.
Acompanhe o curta do Projeto Agenda Göstch:
Para mais informações sobre o projeto, acesse este link.