Muito mais que um daqueles elementos químicos esquecidos na classificação periódica, o arsênio é um composto presente em diversos alimentos da rotina comum, que, apesar de contar com importantes propriedades para o tratamento de algumas doenças, tem grande potencial tóxico.
Ainda que sua existência seja desconhecida por grande parte da população, importante destacar como a poluição generalizada tem contribuído para o aumento dos níveis de arsênio nos alimentos – que, quando consumido em grandes quantidades, pode representar sérios riscos para o organismo.
O arroz, item básico no cardápio das pessoas, é um exemplo de alimento que conta com grande quantidade do metal, fato que tem preocupado cientistas e pesquisadores pela forma como é consumido em todo o mundo. Para se ter uma ideia, níveis parecidos de concentração são encontrados em peixes, mariscos, frutos do mar e, surpreendentemente, em água potável contaminada.
Basicamente, o arsênio tem se desenvolvido na cadeia alimentar através do aumento de poluição – que é propagada por pesticidas, herbicidas e outros produtos químicos –, através da contaminação em áreas de cultivação de alimentos e outras atividades humanas (minério, por exemplo).
Com isso, a ingestão do metal pode acusar, ainda que a longo prazo, problemas sérios à saúde de pessoas e animais. Entre os principais perigos, estão: redução de concentração, dificuldade em memorização e aprendizagem, bloqueio de vasos sanguíneos, hipertensão e até doenças cardíacas.
Para reduzir o consumo do arsênio, é possível reestruturar um cardápio mais saudável, livre de seus componentes maléficos. Vale destacar dicas para evitar grandes concentrações de arsênio no arroz, como:
– Lavagem dos grãos de arroz antes do cozimento;
– Aumento da quantidade de água no cozimento;
– Diversificar a dieta de alimentos;
– Dar mais preferência para o arroz branco do que para o arroz marrom (menor quantidade de arsênio);
– Evite o consumo de arroz cultivado durante a estação de seca.