Atualmente as geladeiras são responsáveis por cerca de 30% do valor das contas referentes à energia, ou seja, o eletrodoméstico consome quantidade considerável de eletricidade, o que aumenta a demanda por novas usinas e fontes energéticas. Porém, na Índia, o artesão Mansukhbhai Prajapati criou um refrigerador que não necessita de conexões elétricas, como tomadas para funcionar.
O artesão trabalhava na fabricação de recipientes de cerâmica para o armazenamento de água fresca no verão e observou que o material se mostrava eficiente mesmo com o intenso calor da estação, com temperaturas que frequentemente batem os 40°C. Então, Prajapati pensou: “Que tal uma geladeira dessa cerâmica?”.
Enquanto os refrigeradores emitem gases tóxicos que prejudicam a camada de ozônio, o desenvolvimento do hindu, feito a partir da mesma matéria-prima, mantém frutas, verduras e legumes frescos durante três dias, por meio da evaporação, de maneira eficiente e não dissemina poluição.
Para manter a temperatura dos alimentos, o artigo conta com uma câmara de água em sua parte superior, escorrendo o líquido pelas laterais da geladeira e, ao evaporar, diminui o calor, o que faz com que os mantimentos permaneçam frescos.
Ecologicamente correto, o artigo apelidado de “geladeira dos pobres”, custa aproximadamente R$ 135, tornando o acessível para as comunidades com menor poder aquisitivo. “Muitas pessoas não podem pagar por uma geladeira ou não podem arcar com o preço da eletricidade que o aparelho consome”, disse Prajapati.
Batizada como Miticool, a ideia do artesão foi levada adiante, recebeu apoio de uma fábrica e já emprega 20 pessoas na produção do projeto. Construído de forma simples, o refrigerador que não precisa de eletricidade para funcionar promove o bem-estar da natureza, da sociedade e já acumula prêmios e elogios de ambientalistas.