Ecologicamente correta, a adubação verde auxilia na melhoria da qualidade do solo, protege a terra contra a erosão e altas temperaturas. A técnica é usada principalmente por agricultores familiares que abrem mão do uso de agrotóxicos e insumos na produção de alimentos.
A adubação verde consiste no plantio de espécies capazes de reciclar os nutrientes para tornar o solo mais fértil e mais produtivo. As raízes extraem nutrientes de camadas mais profundas do solo, trazendo-os para a superfície formando uma cobertura na terra, com altos índices de matéria orgânica que contribuem para a conservação, retenção de água e redução da erosão do solo.
Devido à sua capacidade de reduzir ou de até eliminar o uso de fertilizantes minerais nitrogenados – oriundos do petróleo – o adubo verde contribui com a conservação dos recursos naturais, torna o processo mais independente e ainda traz economia para o produtor, que paga apenas pela primeira leva de sementes eliminando o uso de fertilizantes a cada ciclo, cujo valor do quilo varia de acordo com a cotação do dólar.
A Embrapa Agrobiologia (Seropédica-RJ), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento, pesquisa o uso de plantas que servem como adubos verdes, em especial as leguminosas (feijões, lentilha, grão-de-bico, soja, ervilha e fava, dentre outros).
Para que a técnica dê certo, é preciso escolher espécies adequadas para cada tipo de clima, solo e sistema de manejo das plantas cultivadas. A Embrapa Agrobiologia auxilia gratuitamente os produtores nesse processo, por meio do Banco de Dados de Leguminosas disponível no seu site.