O uso das embalagens plásticas é constante e crescente em todo o mundo, seja para proteger ou para transportar algum conteúdo em um estado perfeito de conservação. Os plásticos são materiais derivados do petróleo, cujo crescimento no setor apresentou uma das maiores taxas nos últimos 25 anos. Houve grande expansão no mercado consumidor derivado desta indústria, resultando na substituição de produtos e materiais tradicionais por outros derivados do setor petroquímico – mais baratos e práticos – entretanto de difícil degradação após seu descarte.
Atualmente cerca de 90% das embalagens plásticas usadas em todo o mundo provém de fontes fósseis, cuja degradação não é viável no tempo que temos disponível, e sua forma de descarte – caso seja incorreta – afeta negativamente o ambiente.
Para ajudar a reverter esse fator, pesquisadores têm desenvolvido embalagens biodegradáveis, derivadas de fontes naturais que causam baixo impacto no meio ambiente e possuem menor custo de produção.
Este tipo de embalagem é uma das soluções para a diminuição da agressão ao meio ambiente no que diz respeito à utilização de recursos renováveis e não renováveis.
Os plásticos biodegradáveis são derivados de processos de transformação de Polietileno e Polipropileno que aceleram a degradação dos materiais em que se encontram, ao serem expostos em condições ideais de descarte, como presença de umidade, contato com o solo e raios solares.
As ligações moleculares das embalagens biodegradáveis se quebram, transformando os materiais em fragmentos moleculares de fácil digestão por fungos e bactérias.
Durante a ação destes microorganismos, são liberados átomos de carbono e hidrogênio que se unem ao oxigênio da atmosfera, formando exatamente aquilo que os seres vivos expiram no processo de respiração: dióxido de carbono e água – ou, em uma linguagem mais informal, gás carbônico. A quantidade de biomassa que resulta deste processo é relativamente inofensiva ao meio ambiente.
Outro ponto positivo no uso das embalagens biodegradáveis é que o processo de degradação não se inicia enquanto os produtos estão em uso: a decomposição começa após uma prolongada exposição a agentes externos, como o sol, a chuva, vento e umidade, o que não compromete as propriedades dos produtos.
As matérias-primas mais utilizadas na fabricação destas embalagens são a fécula de mandioca, cujo baixo custo se dá principalmente por sua abundância no Brasil, e a argila.