O hábito de pedalar faz bem à saúde e aprimora a forma física. Porém, às vezes, devido ao cansaço e os compromissos da agitada vida cotidiana, se faz necessário um meio de transporte de mais velocidade. Pensando nisso, pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) desenvolveram um mecanismo capaz de transformar qualquer bicicleta em um veículo movido à eletricidade.
Composto por baterias, motor e gerador elétricos, o equipamento chamado de GreenWheel está em fase de testes, contudo, quando carregado, possibilita uma autonomia de 40 km. Apesar de ainda ser um protótipo, o aparelho faz parte do programa SmartCities, elaborado pelo MIT, cujo objetivo é auxiliar as novas cidades a equilibrarem crescimento populacional, preservação da natureza e eficiência energética.
Embora este dispositivo não tenha prazo para comercialização, países como África do Sul, Dinamarca e França já demonstram interesse em incorporar o GreenWheel aos seus respectivos sistemas de transporte. A demanda se justifica, pois a bicicleta elétrica caseira surge como opção para a mobilidade urbana, podendo substituir a utilização de motos que, segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), poluem até quatro vezes mais do que os carros.
Movimentada via eletricidade, aos mais sedentários, a bike se apresenta como um meio de locomoção que não emite gases poluentes à atmosfera, porém, para aqueles que têm vontade de praticar exercícios físicos, a bicicleta pode ser pedalada normalmente. Resistente, o produto desenvolvido pelo MIT tem capacidade para circular por 64 mil km ou, se o ciclista percorrer cerca de 20 km por dia, o equipamento dura até 8 anos.
Sustentável, o GreenWheel pode ser recarregado por meio do acionamento dos pedais, ação que otimiza o desempenho do dispositivo, pois um mecanismo transforma a movimentação em energia para a bateria. Contudo, existe a possibilidade de reabastecer o artigo através de uma tomada comum.
Seja nas rodas dianteira, traseira ou em ambas, a instalação do item requer apenas a adaptação de raios menores, uma vez que a estrutura elétrica ocupa mais espaço nos aros. Ou seja, qualquer bicicleta está apta a receber o aparelho.
Promovendo a mobilidade urbana, o equipamento conta com um sistema de computação móvel, levando serviços de localização por GPS, que se conectam aos sensores da cidade, para avaliar as condições de trânsito, poluição atmosférica e sonora para sugerir o melhor trajeto. A tecnologia possibilita ao ciclista fotografar e reportar problemas nas vias públicas, dispõe de um aplicativo para troca de mensagens e, além disso, fornece rotas turísticas e seguras.
Versátil e saudável à vida humana, só nos resta saber quando as “rodas verdes” (tradução do inglês) da bicicleta elétrica caseira estarão disponíveis para percorrer o caminho rumo à preservação do meio ambiente.