A Copa do Mundo FIFA 2014 no Brasil já rende bons resultados. O país compensou nove vezes mais do que o estimado para as emissões diretas de gases de efeito estufa geradas pelo evento esportivo. Esta é a primeira vez que um país-sede da Copa do Mundo se preocupa em neutralizar as suas emissões.
O valor esperado era de 59,2 mil toneladas de gás carbônico equivalente para atividades como obras, uso energético nos estádios e deslocamento de veículos oficiais. Até o momento, foram compensadas 535,5 mil tCO2eq e os números podem aumentar ainda mais.
Isso porque, as empresas têm até o próximo 18 de julho para fazer novas doações de crédito de carbono, respondendo à chamada pública de doação de créditos de carbono, lançada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), em abril.
A adesão, que não envolve qualquer transação financeira, é voluntária e quem participar recebe o selo Baixo Carbono. Além disso, essas empresas são incluídas em uma listagem organizada pelo poder público como doadoras oficiais de créditos de carbono da Copa do Mundo de 2014.
Ao todo, 14 empresas já doaram Reduções Certificadas de Emissões (RCE), os créditos de carbono, que são projetos de compensação de emissões certificados pelas Nações Unidas.
Foco em sustentabilidade
A intenção de ter uma copa mais sustentável já existia desde 2006, quando o torneio foi realizado na Alemanha e alguns projetos de reciclagem foram implementados. No entanto, foi só no Brasil que a ideia foi aplicada em larga escala.
Neste sentido, além da compensação, outras medidas foram tomadas para alinhar a agenda ambiental ao torneio de futebol. Entre elas estão a certificação ambiental dos estádios, a inclusão social dos catadores e o incentivo ao ecoturismo.
Todas as ações foram coordenadas pelos ministérios do Meio Ambiente, do Esporte, do Turismo, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e do Desenvolvimento Agrário, e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), em parceria com os estados e cidades-sede.