Produzir a própria demanda de energia já não é apenas uma prática somente de cidades sustentáveis, como Freiburg, na Alemanha. No Brasil, uma regulamentação da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), denominada Microgeração Distribuída de Energia, desde abril de 2012, possibilita que os cidadãos instalem painéis fotovoltaicos ou aerogeradores no telhado de suas residências, a fim de produzirem a energia que consomem e enviar o excedente para a distribuidora local. Além de contribuírem para a redução de impacto ambiental, as alternativas sustentáveis reduzem os gastos com a conta de luz no final do mês.
Um exemplo dessa atitude sustentável foi a de Diana Frajtag. Numa entrevista ao Jornal da Globo, a dona de casa, moradora do Rio de Janeiro, contou que pagou R$ 6,5 mil nas placas solares, incluindo instalação. Através desses aparelhos, se tornou possível gerar eletricidade para abastecer as luzes da sala, geladeira e outros eletrodomésticos. Frajtag acredita que o valor do investimento pode ser pago numa média de 7 ou 8 anos. A alternativa ainda se torna mais atrativa, pois, a vida útil das placas é mais extensa, chegando aos 25 anos.
A produção de energia eólica em escala residencial tem sido a escolha Edson Eduardo Weissinger. O aposentado, morador da cidade de Maringá (PR), contou ao jornal que instalou no telhado algumas microturbinas que armazenam energia em uma bateria, atendendo assim a demanda de sua própria casa. Weissinger relata que, com a produção doméstica desse tipo de energia, é possível economizar até R$250 por mês.
Para ter uma ideia, trinta mil pontos de microgeração alcançariam 2,5 gigawatts de potência, o suficiente para abastecer uma população de cerca de um milhão de pessoas. De acordo com a ANEEL, existem atualmente 39 microgeradores registrados oficialmente. Dentre esses aparelhos, 18 são projetos eólicos, um é de biomassa e 20 são equipamentos solares. Carlos Alberto Mattar, superintendente de regulação dos serviços de distribuição de energia elétrica da ANEEL ressalta ao Jornal que “a expectativa é que nos próximos 5 anos sejam instalados 30 mil pontos em todo o Brasil”.