Milhares de baterias feitas a base de lítio – elemento químico que demora em média de 100 a 500 anos para se decompor – usadas para manter smartphones e diversos eletrônicos funcionando são descartadas na natureza anualmente e podem trazer prejuízos para o solo e, principalmente, para a saúde humana. Preocupados com os efeitos negativos do material, um grupo de cientistas da Universidade de Virgínia Tech, nos Estados Unidos, desenvolveram uma alternativa biodegradável de abastecimento desses aparelhos.
É uma bateria feita de açúcar, solução mais rentável e tão confiável quanto as comuns. Assim como células de combustível, a composição dessa bateria combina a maltodextrina – um polissacarídeo usado como aditivo e reagente resultante da hidrólise parcial de amido – que se mistura com oxigênio e gera eletricidade.
De acordo com Y.H. Percival Zhang, professor associado de engenharia de sistemas biológicos que coordenou a pesquisa, dentro de três anos a bateria de açúcar poderá abastecer videogames, microcomputadores (tablets) e telefones celulares. Embora já tenham sido desenvolvidas outras baterias baseadas na composição química do açúcar, esta invenção possui capacidade e densidade energética maior e permite ser usada por mais tempo antes de receber outra recarga.