As pilhas e baterias disponíveis no mercado levam cerca de 450 anos para se decomporem, gerando um longo processo que libera substâncias tóxicas, como os metais cádmio (Cd), chumbo (Pb) e mercúrio (Hg), contaminando o solo e os lençóis freáticos, o que afeta a saúde dos seres vivos. No entanto, pesquisadores da Universidade de Maryland (UMD), nos Estados Unidos, desenvolveram uma bateria de sódio e fibras de madeira que pode se tornar a solução ecologicamente correta para o funcionamento de aparelhos eletrônicos.
Outra novidade apresentada pelo produto desenvolvido pelos cientistas é o desuso de lítio (Li), frequentemente utilizado nas baterias atuais que, porém, é um elemento altamente corrosivo e inflamável, podendo ter reações violentas até mesmo ao mínimo contato com água. Na invenção, os pesquisadores da UMD optaram por sódio (Na), que também é um metal alcalino, ou seja, um material comum para a formulação de pilhas e itens similares.
Além de evitar o uso de componentes danosos à saúde humana e ambiental, a invenção armazena grandes quantidades de eletricidade de uma só vez. Entretanto, com esta configuração à base de sódio, à medida que o artigo pode absorver grandes quantidades de eletricidade, se torna menos eficiente na contenção de energia por longos períodos de tempo, funcionando de forma semelhante a um painel solar.
Um avanço em termos de nanobaterias, a bateria de fibra de madeira tem espessura menor do que uma folha de papel sulfite e capacidade para durar mais de 400 ciclos de recarga. Porém, para que seja posta a comercialização, a nova tecnologia ainda precisa passar por diversos testes.