Já faz algum tempo desde que as primeiras discussões em torno da clonagem surgiram. De pessoas e animais a plantas e microrganismos, o processo pode ser realizado pela natureza e, também, pela ação de humanos.
Do grego “klón”, a palavra que significa “broto” faz referência à necessidade de um gerador para originar outra espécie. A clonagem vegetal, então, se refere à técnica de cultivo assexuada e produção de indivíduos idênticos a partir de células ou segmentos de vegetais – galhos, folhas, etc.
Dentre os tipos de clonagem, a técnica in vitro de plantas é a que mais se destaca. Também conhecida como micropropagação, é uma forma rápida de multiplicar alguns tipos determinados de planta. Por meio do processo, uma planta de bananeira, por exemplo, pode gerar 100 mudas, no prazo de oito meses. Enquanto que, no método convencional, essa produção demoraria mais tempo.
A técnica consiste em cultivar as plantas e/ou seus segmentos (gemas, ápices caulinares, raízes, etc.) em laboratório, por meio de frascos específicos que contém a nutrição e condição adequada para esses vegetais. Atualmente os laboratórios de micropropagação de plantas são chamados de biofábricas, que produzem em larga escala mudas do cultivo in vitro.
Já no método tradicional, de enxerto, ao cortar um ramo de uma planta – folha, sementes, etc. – e inserir em outra (propagação vegetativa), você permite que a nova planta tenha a mesma composição genética da planta mãe. Esse tipo de clonagem, no entanto, é mais demorado devido à necessidade de fazer um processo por vez e depender somente das condições climáticas e do solo.
Importância do método reprodutivo
A clonagem vegetal vem conquistando espaço no mercado agrícola graças à praticidade e seu potencial. A micropropagação é uma alternativa que visa a sustentabilidade ambiental, já que influencia diretamente na economia e no meio ambiente.
Isso porque a clonagem permite a produção em massa de organismos com as qualidades desejadas e necessárias – a maioria das plantas, quando fica no campo, acumula doenças, transmitidas por pulgas e agrotóxicos. Com a clonagem, é possível produzir novas mudas sadias, que permite a maior produtividade.
Além disso, a clonagem permitiu a padronização genética do vegetal, evitando, dessa forma, o extrativismo predatório de espécies medicinais nativas, com o fornecimento de matéria-prima vegetal produzida in vitro para esses fins.