É com muita alegria que recebo o convite do portal Pensamento Verde para escrever sobre Sustentabilidade Empresarial. Um tema tão complexo, interligado, multidisciplinar e intangível. Um desafio enorme para as organizações públicas e privadas que buscam métodos, formas de mensuração e de planejamento que sejam tangíveis e concretas.
Estou falando de um tema que será construído individualmente, ou seja, a cada tipo de organização que é diagnosticada existirá uma exigência, uma forma de interpretar e de contribuir. Agindo desta forma é possível descobrir uma maneira de criar valor, de entregar valor e de transformar a realidade em que ela está inserida.
Isso porque se trata de responsabilidades múltiplas, de direitos difusos e reflexos distintos. Por exemplo, uma indústria química possuirá encargos e responsabilidades completamente diferentes se compararmos com uma empresa de comércio de itens de papelaria.
Estou falando de uma diversidade de impactos, de contribuições e responsabilidades empresariais, e também de interdependências, ou seja, como um comerciante de itens de papelaria conseguirá fazer com que seu principal fornecedor de produtos contribua para a sustentabilidade? Ou ainda, como as empresas públicas irão contribuir com esta diversidade de interesses? Como eles contribuirão e incentivarão as inovações?
Para alguns, infelizmente a definição do “padrão de sustentabilidade” contraria a expectativa de muitos que desejam “padrões de atendimento”. A sustentabilidade, assim como foi e continua sendo o movimento da qualidade, precisará ser interpretada e diagnosticada, e cada organização possuirá uma realidade. Realidades que serão, às vezes triste e outras vezes penosa, alegre e/ou vitoriosa.
Neste processo de investigação e diagnóstico, as organizações serão enquadradas em três níveis de maturidade: o nível da responsabilidade mínima obrigatória, da inovação e da simbiose com o meio (social, ambiental e econômico). Processos que exigirão muita reflexão, análise crítica e constância de propósitos das organizações e das pessoas envolvidas.
Este processo deverá ser lento e exigirá compromissos profundos das organizações com a transformação de realidades como: qualidade de vida humana, manutenção da vida humana, manutenção de seus próprios negócios, esforço e investimento para as inovações e formas de obtenção e destino do lucro.
O Brasil deu passos importantes em assinar compromissos globais como a RIO92, Rio+20, convenções OIT, OMC, ONU, etc. Mas estamos no meio do processo de planejamento, escrita e implantação destas mudanças que já estão acontecendo no âmbito empresarial e público”.
As organizações terão que tomar decisões de proporções monumentais que até o momento não vemos ocorrer. O uso do dinheiro deverá ser repensado. A crise de 2008 foi tão avassaladora que até a forma com que o dinheiro é utilizado está sendo questionado de forma profunda.
Enfim, neste espaço concedido pelo Pensamento Verde, eu irei iniciar uma série de publicações que envolvem a origem do pensamento científico, desenvolvimento do pensamento moderno, além de métodos e técnicas para você conhecer o tema.
O Brasil deu passos importantes em assinar compromissos globais como a RIO92, Rio+20, convenções OIT, OMC, ONU, etc. Mas estamos no meio do processo de planejamento, escrita e implantação destas mudanças que já estão acontecendo no âmbito empresarial e público.
Sou confiante que conseguiremos, porém o processo será penoso, caro e desgastante para as organizações, como todo processo de mudança, comum em projetos empresariais.
Durante a coluna, eu irei estruturar as divulgações em três seções: a primeira seção “Origem do Pensamento”; a segunda “Compromissos Globais”; e a terceira voltada para os “Métodos e Técnicas”.
Além da minha opinião, usarei este espaço para troca de experiência com você leitor! Um grande abraço.