A jovem australiana Cynthia Sin Nga Lam desenvolveu um sistema que pode contribuir para que pessoas que vivem em comunidades isoladas tenham acesso à água potável e energia. A invenção se chama H2prO e usa dióxido de titânio e luz em sua composição. O titânio, ao entrar em contato com a luz, absorve a energia ultravioleta e gera radicais que auxiliam o processo de oxidação de compostos orgânicos, que se decompõem para produzir CO2 e H2O. Dessa forma, este elemento consegue separar as impurezas da água e deixá-la própria para consumo.
O cientista japonês Akira Fujishima foi o primeiro a utilizar o titânio como separador de poluentes da água. Os estudos dele serviram de inspiração para que Cynthia desenvolvesse seu próprio sistema. Para que o sistema fosse efetivo, Cynthia teve que ir além e testou alguns agentes de oxidação como o metanol, o gliverol e o EDTA que pudessem agir como redutores. Essas misturas elevaram a produção de hidrogênio, usado como combustível, e tornaram a decomposição mais eficaz.
Uma das qualidades do dispositivo é o fato de não ocupar muito espaço. Ele é composto por duas partes: a unidade superior, que é usada para a purificação da água, e a divisão inferior, que serve para a geração de hidrogênio, é conectada a uma célula de combustível e à unidade base para a filtração da água.
O H2prO tem 90% de eficiência e leva cerca de duas horas para realizar todo o processo. O sistema ainda não tem excelência na produção de energia, mas Cynthia pretende continuar trabalhando em seu projeto para melhorar o desempenho.
Por enquanto ela é uma das finalistas de um concurso de ciência do Google e parece ser forte candidata ao prêmio. Independente de ganhar ou não, o sistema desenvolvido pela jovem cientista pode ser de grande auxílio para populações que sofrem com escassez de água e moram em comunidades isoladas.