Com objetivo de firmar acordos e discussões internacionais, além de estabelecer metas de redução na emissão de gases do efeito estufa na atmosfera foi criado, em 1997, o Protocolo de Kyoto. Originado de uma reunião na cidade japonesa de Kyoto, o protocolo foi originado para que países industrializados estabelecessem novas medidas de emissões de gases.
O Protocolo entrou em vigor em fevereiro de 2005 e, de maneira geral, visa reduzir as emissões globais de seis gases agravadores do efeito estufa: dióxido de carbono, metano, óxido nitroso, hexafluoreto de enxofre, HFCs e PFCs. Além das medidas de redução de gases, o protocolo também estabelece medidas para substituir produtos originados do petróleo. As reuniões são planejadas pela ONU, mais especificamente pela Convenção-Quadro da ONU para a Mudança Climática, que conta com a participação de representantes de diversos países.
As metas variam para cada país, de acordo com a emissão de cada nação, em países desenvolvidos a meta de diminuição pode chegar a cerca de 10%. Já os países que ainda estão em desenvolvimento como Brasil, México, Argentina, não se comprometeram com metas de redução. Hoje são 192 assinantes do Protocolo de Kyoto, que incluem 189 Estados, duas ilhas (Cook e Niue) e uma união supranacional (União Europeia).
O Protocolo, que teve seu período de validade prorrogado para até 2020, não conta com a ajuda do Japão, Rússia, Canadá e Nova Zelândia. Os Estados Unidos, maior emissor de gases do mundo, não entraram nem na primeira parte do protocolo e nem nesta prorrogação, pois alegaram que a redução comprometeria o desenvolvimento econômico do país. A Austrália inicialmente não quis entrar no pacto, porém, em 2007, decidiu participar do protocolo, mesmo contribuindo com apenas 2% de emissão de gases de efeito estufa, o país é o maior exportador de carvão.
Apesar da visibilidade que o projeto possui, ainda há muitos pontos a serem melhorados. A principal crítica ao Protocolo de Kyoto é que as metas ainda pouco representam na luta contra o aquecimento global. Especialistas esperam que este seja mais rígido e cobre uma postura maior dos países participantes, além de buscar novos aderentes.