As inúmeras discussões em torno da situação do planeta e as preocupações com o futuro levaram à criação do Tratado de Copenhague. O acordo foi firmado na 15ª Conferência da ONU sobre Clima, em 2009, um encontro internacional que prevê o avanço na busca de soluções para combater as emissões de gases de efeito estufa.
A elaboração do tratado aconteceu após a negociação entre os líderes dos países do grupo Basic (Brasil, África do Sul, Índia e China), dos Estados Unidos e da União Europeia. O acordo foi aceito oficialmente pela Organização das Nações Unidas (ONU), mas não teve aprovação unânime.
O texto não faz nenhuma referência a compromissos legalmente obrigatórios e apenas reconhece a necessidade de limitar o aumento da temperatura global para não subir mais de 2°C.
O tratado também estabelece que os países deverão providenciar informações nacionais sobre de que forma estão combatendo o aquecimento global, por meio de consultas internacionais e análises.
Ficou ainda instituído que, devido a necessidade de adaptação, principalmente, de países menos desenvolvidos e ilhas, os países ricos devem fornecer os aportes financeiros, recursos tecnológicos e capacidade de empreendimento para apoiar essa adaptação.
Na questão financeira, muito debatida e vista como um ponto negativo por países em desenvolvimento, os países desenvolvidos se comprometeram a fornecer US$ 30 bilhões entre 2010 e 2012, com o objetivo mobilizar US$ 100 bilhões por ano em 2020, a fim de colaborar com a adaptação nos países mais pobres.
No processo de assinatura do acordo, houve uma crise grande entre as lideranças políticas em todo o mundo. Isso porque, para eles o documento é insuficiente para que os países, principalmente os mais pobres, tenham condições de agir de forma efetiva.
Além disso, o fato do acordo não possuir qualquer indicação de metas de redução de gases de efeito estufa foi visto como negativo. Nas versões preliminares havia a meta de que os países envolvidos deveriam cortar 80% de suas emissões até 2050. No entanto, no documento final oficial isso foi cortado.
Outro ponto fraco é que não houve detalhes sobre o Mercado de Carbono, uma vez que o texto divulgou apenas que as oportunidades de usar os mercados para melhorar a relação custo-rendimento e para promover ações de mitigação continuariam a ser utilizadas.