Em crescente expansão no Brasil, a energia solar vem ganhando força a cada dia. Dados da Aneel mostram que o parque de gerador de energia solar brasileiro hoje soma mais de 46,3 MWp de capacidade e que, até 2018, o país estará entre os 20 países com maior geração de energia solar, considerando a potência já contratada e a dimensão da expansão dos outros países. Já no mundo, de acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA), a energia solar poderá responder a aproximadamente 11% da oferta mundial de energia elétrica em 2050.
Para aumentar ainda mais esses números, a CPFL Energia, maior grupo privada do setor elétrico brasileiro, finalizou no mês de novembro a instalação de painéis solares em 100 casas no bairro de Barão Geraldo, em Campinas (SP). A ação foi realizada pela parceira do grupo, a CPFL GD, empresa voltada para o mercado de geração solar. Todo esse processo faz parte do projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) Telhados Solares, que tem como intuito analisar os impactos da microgeração nas redes elétricas das distribuidoras e preparar o Grupo CPFL para a ampliação comercial da geração fornecida no Brasil.
O investimento desse projeto foi de R$ 14,8 milhões e deve abranger 231 consumidores. O objetivo da empresa é que esses números sejam batidos até o final deste ano, dando início à etapa dos estudos técnicos da pesquisa.
Por que o bairro Barão Geraldo?
O trecho escolhido para a realização da instalação das placas solares em Barão Geraldo foi escolhido pelas suas características técnicas, considerado ideal para a realização dos testes de introdução de um número bastante significativo de usinas de geração e distribuição na rede, por estar próximo da sede da CPFL Energia e, ainda, por abrigar duas importantes instituições de pesquisa, a Unicamp e o CPqD, parceiros do grupo na elaboração do projeto.
As placas terão capacidade de 850 kWp, volume suficiente para gerar 20% do consumo de energia dos 5 mil clientes incluídos no ramal. Rafael Lazzaretti, diretor de estratégia e inovação da CPFL Energia, explicou sobre o objetivo central do projeto no site oficial da CPFL. “A intenção do projeto é estudar o impacto da inserção massiva de geração solar distribuída na qualidade do fornecimento de energia para os demais clientes que não possuem os painéis solares”. Além disso, a empresa conseguirá desenvolver ainda mais os seus conhecimentos técnicos para, assim, entrar de vez no mercado como prestadora de serviço de instalação e operação dos painéis solares para seus clientes.
Para chegar a essa marca de 100 clientes residenciais com painéis solares, foi instalado pela CPFL GD 1.040 placas entre outros equipamentos associados, como os inversores. A capacidade instalada de cada usina é 3,68 kWp, tendo em vista uma estimativa de que os projetos possam proporcionar uma economia média de 478 kWp/mês no consumo de energia e reduza, em média, a conta de energia dos consumidores em R$ 200, levando em consideração a tarifa vigente hoje na CPFL Paulista.
Lazzaretti complementa: “Com este projeto, preparamos nossas distribuidoras para o futuro, capacitando-as para realizar a operação e a manutenção da rede com inserção massiva de geração distribuída, e também avançamos nos estudos de modelos de negócio na área para atuação do Grupo CPFL Energia”.
O Grupo está apostando nesse tipo de energia, devido ao crescimento que esse segmento terá nos próximos anos no Brasil, em razão do aumento nas tarifas no setor de distribuição e da busca dos usuários por mais segurança energética e sustentabilidade.