Foi na década de 1960 que Curitiba deu os primeiros passos para se tornar destaque mundial em termos de desenvolvimento sustentável. Na época, a cidade adotou um sistema de transporte público rápido, sustentável e econômico, considerado exemplo de mobilidade urbana em todo o mundo. Em 1980, a capital paranaense desenvolveu um programa de reciclagem, gestão de resíduos e saneamento que também ganhou destaque internacional.
De lá para cá, a cidade vem investindo em ações que tem como foco garantir a excelência no desenvolvimento sustentável. E, ao que tudo indica, tem conseguido atingir os seus objetivos e seguir as suas diretrizes. Pelo menos é o que diz o Green City Index (Índice Verde de Cidades), que destacou a capital como a cidade mais verde do país e da América Latina.
O relatório, realizado pela Siemens com a Economist Intelligence Unit, considera e pontua oito questões de sustentabilidade em cada cidade, nas seguintes categorias: energia e emissões de CO2, opções de transporte, água, gestão de resíduos, qualidade do ar, saneamento, construções verdes e governança ambiental global.
Ao todo, 17 cidades foram avaliadas na América Latina e apenas Curitiba conquistou a pontuação acima da média na avaliação geral, tendo como destaque a qualidade do ar, reuso de resíduos e mobilidade urbana.
As ações realizadas desde a década de 1960 foram destacadas no relatório como principal motivo para o desempenho excepcional da cidade. Além disso, a pesquisa revela que nas outras cidades brasileiras avaliadas, apesar de as ações não serem tão efetivas quanto em Curitiba, existem políticas ambientais. Belo Horizonte, por exemplo, destaca-se pelos edifícios ecológicos, qualidade da água e do ar. Já o Rio de Janeiro tem ações voltadas à energia limpa e políticas sustentáveis.
O relatório traz, ainda, as cidades da América Latina que ficaram acima da média geral, dentre as quais estão Bogotá e as capitais brasileiras Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Na média, estão Porto Alegre (RS), que teve o pior desempenho entre as brasileiras; Medelim (Colômbia); Monterrei, Puebla e Cidade do México (México); Quito (Equador); e Santiago (Chile). Abaixo da média, ficaram Buenos Aires (Argentina) e Montevidéu (Uruguai). Nas piores colocações gerais de sustentabilidade ficaram Guadalajara, no México, e a capital peruana Lima.
Para assegurar resultados assertivos e justos, as cidades são escolhidas conforme o seu tamanho e importância social e econômica. Nas outras categorias, os destaques sustentáveis foram para: Vancouver (Canadá), Copenhaguen (Dinamarca), São Francisco (Estados Unidos) e Cidade do Cabo (África do Sul).