Conquistar o selo como um edifício sustentável pode parecer algo simples. Porém, não é. Para se ter este aval há um longo caminho a percorrer e muitas etapas a serem cumpridas. São dezenas de detalhes – do projeto à entrega da obra – de acordo com a escolha da entidade certificadora. Há várias delas como AQUA, BREEAM,CASA AZUL, PROCEL EDIFICA, DGNB. Mas o LEED – Leadership in Energy and Environmental Design – criado pelo U.S. Green Building Council, é o de maior reconhecimento internacional e o mais utilizado em todo o mundo, inclusive no Brasil.
Certificar um empreendimento exige que todos estejam comprometidos em seguir as orientações que especificam necessidades para cada tipo de projeto. Não basta apenas aproveitar os recursos naturais, como energia solar e ventilação natural para reduzir os impactos ambientais. Estes são sim, quesitos para a certificação. Mas é necessário que o edifício também seja economicamente viável para seus empreendedores e socialmente justo e culturalmente aceito, de forma a contribuir para o crescimento de todas as pessoas envolvidas.
E pessoas estão entre os itens que merecem destaque. Quando se certifica não se pensa apenas na saúde do planeta, mas nas pessoas que estão envolvidas no processo de construção, nas da vizinhança e nas que irão utilizar o edifício.
Todos os itens exigidos precisam ser cumpridos criteriosamente. Se pensarmos na obra, por exemplo, o armazenamento da areia e outros materiais devem ter controle para não gerar desperdício e nem afetar a comunidade local. Nestes cuidados se inclui, ainda, o menor ruído possível.
A sustentabilidade tem um conceito amplo nas certificações de novas construções ou grandes projetos de renovação. Normalmente são prédios de uma única empresa ou entidade. No caso de escolas e unidades de saúde há uma classificação específica e, felizmente, já conquistamos importantes certificações para nosso cliente, o Grupo Fleury Medicina e Saúde, e vivenciamos cada fase deste processo.
Para obter uma pontuação tudo é importante. Envolve a localização do empreendimento – quanto mais próximo de regiões com mobilidade urbana melhor –; reuso da água nas áreas externas e vasos sanitários; eficiência energética e otimização dos materiais e recursos naturais na construção e operação; qualidade ambiental no interior da edificação; uso de tecnologias inovadoras que melhorem o desempenho do edifício e prioridade às preocupações ambientais regionais.
Portanto, quando se busca a certificação se deve ter em mente a responsabilidade de todos os envolvidos. O investimento é maior, num primeiro momento, mas compensador em médio e longo prazo.