Ao final de 2014, o mundo contabilizou uma potência instalada de geração de energia solar fotovoltaica de 180 Gigawatts (GW), 40,2 GW a mais que em 2013. Os dados são do relatório “Energia Solar no Brasil e no Mundo – Ano de Referência – 2014”, publicado pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
De acordo com a publicação, os cinco primeiros países em potência instalada são Alemanha, China, Japão, Itália e EUA. Juntos, eles respondem por 70% do total mundial. No entanto, ao que parece, o cenário deve mudar logo. Para 2015, estima-se que a China alcance o 1º lugar no ranking mundial de potência instalada.
Além disso, outra previsão que chama a atenção é a de que, em 2018, o Brasil deverá estar entre os 20 países com maior geração de energia solar no mundo, considerando a potência já contratada (2,6 GW) e a escala da expansão dos demais países.
A posição pode ser explicada pelo enorme potencial brasileiro, encontrado principalmente no Nordeste. A região apresenta os maiores valores de irradiação solar global, com a maior média e a menor variabilidade anual, dentre todas as regiões geográficas. Os valores máximos de irradiação solar são observados na região central da Bahia e no noroeste de Minas Gerais.
De acordo com dados da Agência Internacional de Energia (IEA), a energia solar deve responder por cerca de 11% da oferta mundial de energia elétrica em 2050 (5 mil TWh). Outros estudos revelam que, no Brasil, nesse mesmo período, 18% dos domicílios contarão com geração fotovoltaica (8,6 TWh).
Ministério garante incentivos
O Ministério de Minas e Energia lançou em dezembro o Programa de Geração Distribuída de Energia Elétrica (ProGD), com o objetivo de estimular a geração de energia pelos próprios consumidores (residencial, comercial, industrial e rural) com base em fontes renováveis, em especial a fotovoltaica.
O governo acredita que a proposta deve alavancar o consumo de energia solar. Há potencial para a instalação de 23,5 GW até 2030.