As redes wi-fi estão disponíveis de diversas formas para a sociedade em todo o mundo. No metrô, no ônibus, no aeroporto, em praças públicas ou em restaurantes é possível se conectar para acessar seu smartphone, tablet ou computador.
Mas, já imaginou se essa facilidade de conexão pudesse se aliar à sustentabilidade? Pensando nisso, a BigBelly, uma empresa de gestão de resíduos, está testando um projeto em Nova York que utiliza latas de lixo como roteadores de uma rede wi-fi pública.
A ideia surgiu depois que a companhia criou e implantou lixeiras inteligentes que funcionam à base de luz solar. Autossuficientes, elas são equipadas com chips da Qualcomm, que informam automaticamente à empresa quando as lixeiras estão cheias – ou exalando forte odor –, por meio de sms ou e-mail.
Para aumentar ainda mais a usabilidade das latas, a BigBelly resolveu instalar uma rede wi-fi nelas, fornecendo acesso à internet de graça em 170 pontos da cidade com velocidades entre 50 a 75 Mbps.
De acordo com a empresa, o projeto beneficiaria a todos, pois, como as lixeiras estão no nível da rua, os sinais não teriam a interferência de edifícios altos da cidade. Apesar disso, ainda há barreiras nos municípios vizinhos à cidade para a implantação do sistema.
A iniciativa inteligente, no entanto, não é pioneira. Em 2014, o governo da cidade anunciou um projeto, em parceria com o Google, que deve transformar quase todos os 10 mil orelhões em pontos de acesso à internet gratuita.
BigBelly quer estudar a quantidade de resíduos jogados
Além de oferecer o acesso à internet para a população, a proposta da empresa vai além. A BigBelly pretende usar a rede para estudar a quantidade de lixo que as pessoas jogam no dia a dia e descobrir em quais locais da cidade é necessário colocar mais lixeiras.
Dessa forma, é possível manter a cidade sempre limpa e promover ações de conscientização do consumo mais direcionadas. Outra ideia é exibir anúncios de serviço público e alertas de emergência, com base nesses dados de coleta.