O WWF-Brasil lançou um estudo sobre energia renovável na internet e aproveitou o contexto dos anúncios da presidente Dilma Rousseff sobre a meta brasileira para a diminuição de emissões de gases poluidores para mostrar os benefícios que a energia fotovoltaica pode trazer ao país. O material recebeu o título “Mecanismos de Suporte para Inserção da Energia Solar Fotovoltaica na Matriz Elétrica Brasileira: modelos e sugestão para uma transição acelerada”.
A presidente, próximo ao evento COP de Paris, anunciou que o Brasil se compromete a reduzir emissões de gases de efeito estufa em 30% entre 2005 e 2025 e chegar a até 43% em 2030. Também se compromete em ampliar para 23% a participação de fontes renováveis (eólica, solar e biomassa) na geração de energia elétrica e garantir 45% de fontes renováveis no total da matriz energética.
O estudo vem reforçar os benefícios que medidas de investimentos nessa área podem trazer e pressionar para que as propostas sejam alcançadas. O material divulgado foi baseado em trabalhos acadêmicos feitos por Helena Magalhães Mian e Vítor Augusto de Souza Mota, da Universidade de Brasília, e foi lançado no encerramento da série de seminários “Diálogos Energéticos”, promovido pelo WWF-Brasil. O trabalho aponta para o panorama mundial de uso da energia fotovoltaica e mostra que a redução das emissões e a economia gerada por esse sistema representam grandes vantagens.
Alguns benefícios apontados são: segurança ao setor energético, que teria sua produção descentralizada, diminuindo o risco dos grandes “apagões”, possível redução dos custos de transmissão energética, já que ela seria produzida em áreas mais próximas do consumo, redução drástica na emissão de gases de efeito estufa – hoje, a energia termelétrica gera 21,2 milhões de toneladas de CO2 por ano – geração de empregos e menos custos para o governo – após os cinco anos iniciais, teríamos uma economia de R$ 150 bilhões de recursos públicos em vinte anos (ou seja, R$ 7,5 bilhões por ano).