Quando o resíduo tóxico não é descartado corretamente ele provavelmente vai parar nos aterros sanitários e provocar a poluição do solo, da água, da qualidade do ar, além de acarretar doenças à vida dos catadores. O lixo é um dos grandes problemas nos centros urbanos devido ao aumento do consumo das populações. Uma forma de reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental é minimizar o volume de resíduos por meio da logística reversa.
Em 2010 foi instituída a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), lei nº 12.305. Trata-se de um instrumento de desenvolvimento econômico e social que atribui ao setor empresarial a coleta e a restituição dos resíduos sólidos para reaproveitamento no ciclo produtivo. Essa responsabilidade é por meio de um acordo setorial firmado entre o poder público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, que passam ser responsáveis pelo ciclo de vida do produto.
A PNRS instiga uma mudança nas cadeias produtoras, incentivando-as ao reaproveitamento do produto e à sustentabilidade. Um bom planejamento define as bases para a implantação e operação com alta qualidade da infraestrutura e dos sistemas de gestão de resíduos. Dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) mostram que, nos últimos dez anos, a população brasileira aumentou 9,65%, enquanto que, no mesmo período, o volume de lixo cresceu mais do que o dobro disso, 21%. Em 2012 foram gerados 64 milhões de toneladas de lixo, sendo que 24 milhões desse total não tiveram o descarte adequado.
Dentre os produtos nocivos ao meio ambiente estão os chamados lixo eletrônico, que são telefones e baterias, micro-ondas, computadores, câmeras fotográficas, dentre outros resíduos tecnológicos. Equipamentos eletrônicos têm substâncias químicas altamente poluidoras, como chumbo, cádmio, mercúrio e berílio.
Remédios, produtos de beleza, tintas e outros resíduos compostos de substâncias químicas também poluem o meio ambiente. Para evitar que tudo isso pare nos lixões, algumas práticas podem ser adotadas no dia a dia pela população, como a doação dos equipamentos e o descarte em coletores específicos localizados em bancos, farmácias, perfumarias, empresas de telefonia, etc. Essas ações contribuem com a sustentabilidade e a logística reversa.